Quarenta anos, 1,64 m de altura, 61 kilos.
Ruiva desde os 18 anos.
Duas tatuagens. Um piercing.
Duas irmãs, um irmão. Dois sobrinhos.
Algumas grandes amizades completando mais de 20 anos.
Alguns ótimos novos amigos.
Um cão.
Duas relações de longo prazo.
Cinco endereços em toda vida
Uma graduação, uma pós graduação e um mestrado.
Fluente em 2 idiomas estrangeiros.
Quatro anos no mesmo emprego.
23 parcelas pagas do financiamento do carro.
Sete países visitados.
Um ano vivendo no exterior.
Um instrumento musical.
Um carro roubado.
Uma cirurgia.
Nenhum osso quebrado.
Dois negócios fechados.
Ainda muitos CDs e algumas fitas cassete.
Nenhum filho.
Uma decepção com uma "amiga".
Rock n'roll, dance music e jazz. Muito jazz.
Muitos altos e baixos.
Mas feliz há 40 anos.
Que venham mais 40. Ou mais.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Ridículos Humanos V
Existe o vazio. A pessoa pensa, estou só, por isso o vazio. Vou arrumar alguém. Começa a caçada! Bar, balada, site de relacionamento, ajuda dos amigos. O foco é claro.
Arrumou alguém. Por um tempo, o alivio.
Passados os primeiros momentos começa o desencontro.
A pessoa coloca em cima deste outro ser todas suas expectativas. Quer ser cuidada, amada, respeitada. Ela tem um vazio, e é função do outro preenchê-lo. Cobra, reclama, tem muita disposição para receber e pouca para dar. Reclama. Tenta moldar o outro a suas expectativas. Chama o outro de egoísta por ser quem é, ou por querer o mesmo de você. Não percebe que talvez o outro esteja tentando, só que esta pessoa está tão cega por suas próprias demandas que não vê.
O outro, que também queria ser cuidado, amado e respeitado, se decepciona e se vai.
A pessoa, chora, chama o outro mais uma vez de egoísta. Ele não me amava! Me desvalorizava!
Após um período de dor de cotovelo, começa tudo de novo.
Querido/Querida, vê se aprende alguma coisa nos livros de autoajuda. Está procurando uma muleta? É melhor comprar uma.
Seres humanos, são humanos e vão querer o mesmo que você. Amor incondicional, só dos cães.
O que devemos tolerar por amor? - Flávio Gikovate
Arrumou alguém. Por um tempo, o alivio.
Passados os primeiros momentos começa o desencontro.
A pessoa coloca em cima deste outro ser todas suas expectativas. Quer ser cuidada, amada, respeitada. Ela tem um vazio, e é função do outro preenchê-lo. Cobra, reclama, tem muita disposição para receber e pouca para dar. Reclama. Tenta moldar o outro a suas expectativas. Chama o outro de egoísta por ser quem é, ou por querer o mesmo de você. Não percebe que talvez o outro esteja tentando, só que esta pessoa está tão cega por suas próprias demandas que não vê.
O outro, que também queria ser cuidado, amado e respeitado, se decepciona e se vai.
A pessoa, chora, chama o outro mais uma vez de egoísta. Ele não me amava! Me desvalorizava!
Após um período de dor de cotovelo, começa tudo de novo.
Querido/Querida, vê se aprende alguma coisa nos livros de autoajuda. Está procurando uma muleta? É melhor comprar uma.
Seres humanos, são humanos e vão querer o mesmo que você. Amor incondicional, só dos cães.
O que devemos tolerar por amor? - Flávio Gikovate
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Eu Queria Ter o Tempo e o Sossego Suficientes
Por que às vezes, o pior sofrimento vem da consciência de si. Eu não serviria pra refletir sobre a condição humana, não serviria pra filosofias. Minha grande ambição, é alcançar a simplicidade, como nos poemas de Alberto Caeiro. Simplesmente ser, sem pensar em coisa nenhuma.
Eu Queria Ter o Tempo e o Sossego SuficientesEu queria ter o tempo e o sossego suficientes
Para não pensar em coisa nenhuma,
Para nem me sentir viver,
Para só saber de mim nos olhos dos outros, reflectido.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Eu Queria Ter o Tempo e o Sossego SuficientesEu queria ter o tempo e o sossego suficientes
Para não pensar em coisa nenhuma,
Para nem me sentir viver,
Para só saber de mim nos olhos dos outros, reflectido.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Parole, Parole
E cada um tem o guru que lhe cabe. Tem gente que repete as palavras do mestre Sri Babalakubaka, ou do mestre Kunfu Manchu, eu vou de Flavio Gikovate mesmo. Com gotas de senso comum via twitter. E que gotas!
Hoje ele lançou:
"As boas idéias e os bonitos estilos de pensar e de falar só deveriam ser levados a sério quando a prática mostra que correspondem a verdades. Um bom critério para avaliarmos a honestidade intelectual das pessoas consiste em saber se elas vivem de acordo com as idéias que defendem."
Bang!
Palavras, words, parole, as pessoas acham que da boca pode sair qualquer coisa. As pessoas acham que basta dizer a coisa certa es os problemas estão resolvidos. NOT. Palavras devem ter consistência. Devem ter fundamento. Por favor, não me fale sobre algo em que você não acredita. Não me diga que vai fazer algo que não tem intenção de fazer. Não me diga que é o que não é.
Com as palavras vem a criação de expectativas. E não tem decepção maior do que crer nas palavras de alguém e estas não se traduzirem em ações ou, como comentou o Gikovate, é decepcionante notar que uma pessoa não vive de acordo com as idéias que defende. Como é que se organiza a cabeça desse jeito? Acho que meu cérebro não tem coordenação "motora" o suficiente pra isso.
Já menti? Já. Quem nunca? As vezes a gente tem que proteger os sentimentos alheios também. Mas já me meti muito mais em problemas por não ser capaz de prometer algo que não seria capaz de cumprir. Já arrumei brigas por ser honesta nas minhas opiniões. Pode ser burrice, mas prefiro assim.
Mamãe sempre disse, "Não fala bobeira, menina. As palavras tem força."
Obrigada, mami.
Hoje ele lançou:
"As boas idéias e os bonitos estilos de pensar e de falar só deveriam ser levados a sério quando a prática mostra que correspondem a verdades. Um bom critério para avaliarmos a honestidade intelectual das pessoas consiste em saber se elas vivem de acordo com as idéias que defendem."
Bang!
Palavras, words, parole, as pessoas acham que da boca pode sair qualquer coisa. As pessoas acham que basta dizer a coisa certa es os problemas estão resolvidos. NOT. Palavras devem ter consistência. Devem ter fundamento. Por favor, não me fale sobre algo em que você não acredita. Não me diga que vai fazer algo que não tem intenção de fazer. Não me diga que é o que não é.
Com as palavras vem a criação de expectativas. E não tem decepção maior do que crer nas palavras de alguém e estas não se traduzirem em ações ou, como comentou o Gikovate, é decepcionante notar que uma pessoa não vive de acordo com as idéias que defende. Como é que se organiza a cabeça desse jeito? Acho que meu cérebro não tem coordenação "motora" o suficiente pra isso.
Já menti? Já. Quem nunca? As vezes a gente tem que proteger os sentimentos alheios também. Mas já me meti muito mais em problemas por não ser capaz de prometer algo que não seria capaz de cumprir. Já arrumei brigas por ser honesta nas minhas opiniões. Pode ser burrice, mas prefiro assim.
Mamãe sempre disse, "Não fala bobeira, menina. As palavras tem força."
Obrigada, mami.
sábado, 31 de março de 2012
Me dá um abraço?
OMG, mais de um mês sem publicar aqui no Leiturinha. Não é falta de assunto, é falta de sentar pra escrever, mesmo.
Enfim, andei pensando a respeito da relação das pessoas com o outro. A respeito da sua dificuldade em dar e receber afeto. Um domingo há algumas semanas, estavamos eu e Suzana Yoko passeando pela avenida Paulista, dando voltinhas pela feirinha de antiguidades do MASP. Naquele dia havia um grupo de jovens de no máximo vinte e poucos anos portando cartazes com escritos como "Abraço Grátis". Você passava pela turma e eles te ofereciam um abraço.
As reações das pessoas, claro, variavam, umas recusavam, outras saiam correndo e outras aceitavam o abraço timidamente. Minha primeira reação quando me ofereceram o abraço foi recusar. Eu ficar abraçando uma pessoa estranha? Tá doido? Mas aí, logo depois de recusar uns dois abraços, me senti a pessoa mais careta do mundo. Logo eu? Descolada. Moderna. NOT. Aceitei o próximo abraço que me ofereceram. E voilá! Foi uma delícia receber aquele abraço. O rapaz que nos abraçou estava carregado de uma energia tão boa e tinha um sorriso tão sincero que fiquei contagiada. Quase peguei uma plaquinha e fui oferecer meus abraços também.
Semanas depois, fui a uma formatura de curso de engenharia. Formatura hoje é igual qualquer balada, uma micareta em trajes de gala. Nada contra balada. Adoro. Mas o que me chamou a atenção, é que estava muito mais fácil ver pessoas aceitando beijos na boca na formatura, do que foi ver pessoas aceitarem abraços na avenida Paulista.
Pelo que me parece as pessoas tem achado mais fácil se entregar a uma troca de conteúdo mais sexual, do que a uma troca afetiva. Não tem nada de errado a troca sexual pelo puro prazer, mais uma vez, adoro :-) Mas por que o medo do afeto? Será que as pessoas tem medo de se mostrarem frágeis? Será que é individualismo? Não sei.
Genten, afeto é uma coisa deliciosa. Não há de ter medo. Não tema tocar o outro ou se deixar tocar. Você não vai ter sua alma roubada. Nem vai estar obrigado a ir pra cama com a pessoa. É um ato de calor humano.
Me dá um abraço?
Enfim, andei pensando a respeito da relação das pessoas com o outro. A respeito da sua dificuldade em dar e receber afeto. Um domingo há algumas semanas, estavamos eu e Suzana Yoko passeando pela avenida Paulista, dando voltinhas pela feirinha de antiguidades do MASP. Naquele dia havia um grupo de jovens de no máximo vinte e poucos anos portando cartazes com escritos como "Abraço Grátis". Você passava pela turma e eles te ofereciam um abraço.
As reações das pessoas, claro, variavam, umas recusavam, outras saiam correndo e outras aceitavam o abraço timidamente. Minha primeira reação quando me ofereceram o abraço foi recusar. Eu ficar abraçando uma pessoa estranha? Tá doido? Mas aí, logo depois de recusar uns dois abraços, me senti a pessoa mais careta do mundo. Logo eu? Descolada. Moderna. NOT. Aceitei o próximo abraço que me ofereceram. E voilá! Foi uma delícia receber aquele abraço. O rapaz que nos abraçou estava carregado de uma energia tão boa e tinha um sorriso tão sincero que fiquei contagiada. Quase peguei uma plaquinha e fui oferecer meus abraços também.
Semanas depois, fui a uma formatura de curso de engenharia. Formatura hoje é igual qualquer balada, uma micareta em trajes de gala. Nada contra balada. Adoro. Mas o que me chamou a atenção, é que estava muito mais fácil ver pessoas aceitando beijos na boca na formatura, do que foi ver pessoas aceitarem abraços na avenida Paulista.
Pelo que me parece as pessoas tem achado mais fácil se entregar a uma troca de conteúdo mais sexual, do que a uma troca afetiva. Não tem nada de errado a troca sexual pelo puro prazer, mais uma vez, adoro :-) Mas por que o medo do afeto? Será que as pessoas tem medo de se mostrarem frágeis? Será que é individualismo? Não sei.
Genten, afeto é uma coisa deliciosa. Não há de ter medo. Não tema tocar o outro ou se deixar tocar. Você não vai ter sua alma roubada. Nem vai estar obrigado a ir pra cama com a pessoa. É um ato de calor humano.
Me dá um abraço?
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Disso você já sabe, mas...
Nossa, o ano já entrou no segundo mês e aqui ainda não haviamos saido da inércia. Saimos com a ajuda da Suzana Yoko que compartilhou comigo um texto do Ivan Martins publicado no site da Época.
E o que dizer do texto. Ele fala de como deve funcionar uma relação boa e estável, sobre compatibilidade, sobre como perceber se está funcionando ou não, e sobre ter a coragem de dar o fora ao perceber que não está dando certo. Já lemos a este respeito em tantos lugares. Já lemos em livros de auto-ajuda, já ouvimos nossos terapeutas falarem. Ainda assim, pega.
Você sabe que é preciso assumir a escolha feita em detrimento de outras. Sabe que é preciso ter prazer em estar na companhia do outro. Que é preciso haver comprometimento. Haver planos em comum. Mas ainda assim, apesar de saber de tudo isso racionalmente, fica aí, vivendo o contrário. Esperando que o outro mude. Que as coisas mudem.
Hellooo, amiga e amigo, ninguém muda! As pessoas se adequam, se adaptam, aceitam, flexibilizam, mas não mudam. E se mudam, mudam por si mesmas, não pelo outro. Por isso o ideal é tentar fazer uma "escolha certa" de saída, ou aceitar um "nível de erro" na escolha. Se adaptar e passar a aceitar melhor o outro. Sejamos honestos, também colocamos expectativas absurdas no pobre ser humano que se dispõem a compartilhar a vida com a gente. É preciso ser maleável. O que não vale é aceitar aquilo que vai totalmente contra suas convicções.
Voltando ao texto, vale a pena ler mais uma vez as mesmas palavras que já foram ditas por outros, por que no final das contas, a gente sempre precisa ser lembrado.
Abaixo o link para o texto.
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ivan-martins/noticia/2012/02/aqui-agora-de-todo-coracao.html#
E o que dizer do texto. Ele fala de como deve funcionar uma relação boa e estável, sobre compatibilidade, sobre como perceber se está funcionando ou não, e sobre ter a coragem de dar o fora ao perceber que não está dando certo. Já lemos a este respeito em tantos lugares. Já lemos em livros de auto-ajuda, já ouvimos nossos terapeutas falarem. Ainda assim, pega.
Você sabe que é preciso assumir a escolha feita em detrimento de outras. Sabe que é preciso ter prazer em estar na companhia do outro. Que é preciso haver comprometimento. Haver planos em comum. Mas ainda assim, apesar de saber de tudo isso racionalmente, fica aí, vivendo o contrário. Esperando que o outro mude. Que as coisas mudem.
Hellooo, amiga e amigo, ninguém muda! As pessoas se adequam, se adaptam, aceitam, flexibilizam, mas não mudam. E se mudam, mudam por si mesmas, não pelo outro. Por isso o ideal é tentar fazer uma "escolha certa" de saída, ou aceitar um "nível de erro" na escolha. Se adaptar e passar a aceitar melhor o outro. Sejamos honestos, também colocamos expectativas absurdas no pobre ser humano que se dispõem a compartilhar a vida com a gente. É preciso ser maleável. O que não vale é aceitar aquilo que vai totalmente contra suas convicções.
Voltando ao texto, vale a pena ler mais uma vez as mesmas palavras que já foram ditas por outros, por que no final das contas, a gente sempre precisa ser lembrado.
Abaixo o link para o texto.
http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ivan-martins/noticia/2012/02/aqui-agora-de-todo-coracao.html#
sábado, 31 de dezembro de 2011
Obrigada!
Todo fim de ano escrevo um texto a respeito do ano que vai começar. Sobre o que fiz, sobre esperança e realizações. Este ano é diferente. Tudo poderia ter dado errado em 2011, mas não deu! Por esta razão, quero apenas agradecer.
Quero agradecer pelo meu irmão ter saido vivo do acidente de moto que sofreu, pela saúde do meu sobrinho que nasceu e passou os primeros dias de vida na UTI. Agradeço por não ter perdido meu emprego quando a empresa que trabalho cortou pessoal. Agradeço por só terem levado minha bolsa no assalto que sofri.
Agradeço por ter uma familia maravilhosa e amigos queridos. Agradeço por ter tido a chance de voltar a Europa, reencontrar velhos amigos e conhecer novos lugares. Agradeço por ter ao meu lado uma pessoa de quem eu gosto e poder celebrar esta passagem de ano. Agradeço por estar começando uma nova fase, que eu não sei bem o que representa, mas que está ai.
Como o fim do mundo só está previsto pra dezembro de 2012, vamos aproveitar e viver estes próximos meses em paz, gratidão, fazendo o que gostamos ao lado de quem amamos. Vamos viver uma vida boa. E se o mundo não acabar na data marcada, que continuemos vivendo bem, por que no final das contas a gente nunca sabe quando nosso tempo acaba. É melhor aproveitar :-)
A tudo e a todos, OBRIGADA! E Feliz 2012!
Quero agradecer pelo meu irmão ter saido vivo do acidente de moto que sofreu, pela saúde do meu sobrinho que nasceu e passou os primeros dias de vida na UTI. Agradeço por não ter perdido meu emprego quando a empresa que trabalho cortou pessoal. Agradeço por só terem levado minha bolsa no assalto que sofri.
Agradeço por ter uma familia maravilhosa e amigos queridos. Agradeço por ter tido a chance de voltar a Europa, reencontrar velhos amigos e conhecer novos lugares. Agradeço por ter ao meu lado uma pessoa de quem eu gosto e poder celebrar esta passagem de ano. Agradeço por estar começando uma nova fase, que eu não sei bem o que representa, mas que está ai.
Como o fim do mundo só está previsto pra dezembro de 2012, vamos aproveitar e viver estes próximos meses em paz, gratidão, fazendo o que gostamos ao lado de quem amamos. Vamos viver uma vida boa. E se o mundo não acabar na data marcada, que continuemos vivendo bem, por que no final das contas a gente nunca sabe quando nosso tempo acaba. É melhor aproveitar :-)
A tudo e a todos, OBRIGADA! E Feliz 2012!
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O ano é novo pra mim
Novembro chegou, meu aniversário com ele. Ano novo. Balanços, meditações, mapa atral, consulta à cartomante, aquelas coisas. Pra onde vai a minha vida? De onde ela vem vindo? Sei lá! Eu sabia. Juro. Ou pelo menos achava que sabia.
Mas eu tenho que saber? Nos ultimos anos minha vida tem sido só sentir. Todo tipo de sentimento. Momentos de descoberta e de redescoberta. Momentos de se perder. Momentos de aprender a não cometer os mesmos erros, e outros de querer cometê-los mesmo sabendo das possíveis consequências.
Bom seria se a gente não tivesse um número marcado na cara. Assim a gente não ficaria pensando quanto tempo ainda teria pra viver estatísticamente. "Tenho ainda uns 33 anos de vida." Não pensaria aonde já deveria ter chegado, ou o que já deveria ter vivido, amado, comprado, viajado. Será que a gente teria crises dos 30, dos 40, da meia idade se não soubesse quantos anos a gente tem? E olha só que engraçado, a gente vive em crise. A primeira crise já na adolescência. Não é fácil não companheiro.
E cá estou eu. 39 aninhos. Espírito de 39 mesmo, por que, como disse a Eliane Brum em sua coluna na Revista Época uma vez ...
Mas eu tenho que saber? Nos ultimos anos minha vida tem sido só sentir. Todo tipo de sentimento. Momentos de descoberta e de redescoberta. Momentos de se perder. Momentos de aprender a não cometer os mesmos erros, e outros de querer cometê-los mesmo sabendo das possíveis consequências.
Bom seria se a gente não tivesse um número marcado na cara. Assim a gente não ficaria pensando quanto tempo ainda teria pra viver estatísticamente. "Tenho ainda uns 33 anos de vida." Não pensaria aonde já deveria ter chegado, ou o que já deveria ter vivido, amado, comprado, viajado. Será que a gente teria crises dos 30, dos 40, da meia idade se não soubesse quantos anos a gente tem? E olha só que engraçado, a gente vive em crise. A primeira crise já na adolescência. Não é fácil não companheiro.
E cá estou eu. 39 aninhos. Espírito de 39 mesmo, por que, como disse a Eliane Brum em sua coluna na Revista Época uma vez ...
E vamos que vamos. Porque meu espírito está ficando velho mas não ranzinza e, como continuo viva, vou comemorar horrores."...Mas espírito jovem, tenha dó. Deu um trabalho danado aprender tudo o que sei até agora, para isso escorreguei um monte de vezes, magoei umas tantas pessoas, fui arrogante e insensível em alguns momentos, passei do medo que paralisa para aquele que move, me libertei de várias neuroses e de outras tantas idealizações e tive de ralar muito para me tornar um ser humano melhor. Assim, deixem meu espírito velho em paz, já que não podem me devolver o corpinho."
sábado, 22 de outubro de 2011
Pelo direito da mulher independente de SER mulher
Pois bem, cá estamos nós. Pavimentamos o caminho aberto pelas nossas mães a partir dos anos 60. Conquistamos dinheiro, respeito, liberdade, livre-arbítrio. Passamos a ser multi-tarefa. Trabalhamos, estudamos, cuidamos da casa, fazemos cursos de inglês e espanhol, praticamos natação e aprendemos a cultivar hortinhas orgânicas dentro do apartamento. Trocamos nossas lâmpadas, chuveiros e pneus, e se não conseguimos fazer isso sozinhas, chamamos um marido de aluguel. Um Pereirão que, por ironia, é mulher na novela. Pois é, com tudo isso minha amiga Denise soltou um desabafo em sua página no Facebook "ser tão independente às vezes cansa..."
Sim amiga, cansa. Mas não é ser dona do próprio nariz que cansa. Não é ter direitos. Não é ter livre-arbitrio. Não é mandar embora de casa o "encosto" que já não se importava com a nossa felicidade. O que cansa é ter que ser sempre uma muralha forte.
Porque somos independentes parece que não podemos esmorecer nunca. Perdemos o direito à fragilidade. Sabe aquele, "Ah, ela não precisa de nada. Ela se vira. Ela é super independente."? Pois é, será que é tão dificil para os outros, nossos familiares, amigos, companheiros (e companheiras) perceberem que a gente também quer colo? Que a gente às vezes não quer ter que decidir nada e só quer se deixar levar? Que a gente não se importa de dividir as responsabilidades com outra pessoa? Que a gente quer e gosta de gentileza? Que a gente não quer ser O companheirão, mas A companheirona. Que a gente tem sonhos? Caramba!
Nós não queremos andar pra trás em nossas conquistas, só queremos nosso de direito a sermos mulheres também. Direito a chorar, a nos sentirmos frágeis, a querer largar tudo, mesmo sabendo que daqui a pouco, vamos sacodir a poeira e botar a casa em ordem, porque a gente é assim. Direito a um descanso.
Por isso lanço a campanha, pelo direito da mulher independente de ser mulher!
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Destranca!
Uns dias atrás eu jantei com um amigo aqui na lanchonete ao lado de casa. Na hora de pagar a conta, eu quis comprar umas balas e a moça do caixa, minha colega, me deu a deixa, "pega o quanto você quiser aí." Eu que podia ter enchido a mão das balinhas de banana que adoro, peguei as seis balas que achei seria justo pelo um real que paguei.
Por que estou contando este "causo"? É só pra exemplificar o quando somos presos a nossas travas internas. Meu senso de honestidade não me permitiu abusar da situação e pegar o dobro das balas. Peguei seis e ponto. Você pode me dizer, "que bom que seu superego é assim atuante. Se as pessoas respeitassem os valores da sociedade a vida seria mais fácil." Bom, é verdade, talvez o exemplo não tenha sido bom, mas o papo aqui é outro. Estou falando de travas mesmo. Medos. Incapacidade de atuação mediante certas situações.Culpa.
Eu sou uma pessoa que infelizmente tem convivido com umas travas bastante fortes. Cadeadões pesados. Não vou aqui entrar em detalhes de quais são eles, mas nos aprisionamos por medos, por incapacidade de abraçar o novo e mudar um comportamento adquirido. Muitas vezes a culpa é do comodismo, da preguiça, da nossa tendência à inércia.
O que assusta é perceber o quanto estas travas são atuantes. A gente simplesmente não age e como na maioria das vezes não sabe dizer porque, acaba colocando a culpa no outro, nos pais, no marido/esposa, no trabalho, no trânsito, na falta de dinheito, na bolsa de valores, em São Pedro!
Então é momento de refletir. O que você quer mudar na sua vida? Agora observe o que está te impedindo e repare que ninguém está te impedindo de tentar mudar. Você pode até falhar, mas também pode conseguir o que quer.
Se você está trancado, a culpa é sua. De mais ninguém! Pode ser que alguém realmente esteja te atrapalhando, mas é porque VOCÊ deixou.
Então vai abrindo estes cadeados. Comece por um pequeno. Quem sabe você não descobre o que é ser livre.
Tati
Por que estou contando este "causo"? É só pra exemplificar o quando somos presos a nossas travas internas. Meu senso de honestidade não me permitiu abusar da situação e pegar o dobro das balas. Peguei seis e ponto. Você pode me dizer, "que bom que seu superego é assim atuante. Se as pessoas respeitassem os valores da sociedade a vida seria mais fácil." Bom, é verdade, talvez o exemplo não tenha sido bom, mas o papo aqui é outro. Estou falando de travas mesmo. Medos. Incapacidade de atuação mediante certas situações.Culpa.
Eu sou uma pessoa que infelizmente tem convivido com umas travas bastante fortes. Cadeadões pesados. Não vou aqui entrar em detalhes de quais são eles, mas nos aprisionamos por medos, por incapacidade de abraçar o novo e mudar um comportamento adquirido. Muitas vezes a culpa é do comodismo, da preguiça, da nossa tendência à inércia.
O que assusta é perceber o quanto estas travas são atuantes. A gente simplesmente não age e como na maioria das vezes não sabe dizer porque, acaba colocando a culpa no outro, nos pais, no marido/esposa, no trabalho, no trânsito, na falta de dinheito, na bolsa de valores, em São Pedro!
Então é momento de refletir. O que você quer mudar na sua vida? Agora observe o que está te impedindo e repare que ninguém está te impedindo de tentar mudar. Você pode até falhar, mas também pode conseguir o que quer.
Se você está trancado, a culpa é sua. De mais ninguém! Pode ser que alguém realmente esteja te atrapalhando, mas é porque VOCÊ deixou.
Então vai abrindo estes cadeados. Comece por um pequeno. Quem sabe você não descobre o que é ser livre.
Tati
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