sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Adeus Ano Velho...

...Feliz Ano Novo. Que tudo se realize, no ano que vai nascer. Muito dinheiro no bolso, saude pra dar e vender!"

Ano Novo. Hora de fazer o balanço. Fazer novas promessas que nunca são novas de verdade. Renovam-se as esperanças de que este ano a gente cumpra com aquelas antigas novas promessas. Um misto de melancolia , pelo tempo que se foi, pelo que não se viveu, com alegria pela crença do novo amanhecer. Crença no agora vai!

Muita gente não liga. Muita gente acha isso bobeira, afinal é só um dia, e na segunda a vida é exatamente a mesma. Ainda assim, eu adoro. Adoro esse ar fresco. Mesmo que imaginário. Adoro pensar que serei uma pessoa melhor e mais feliz com a virada do calendário. A gente precisa disso. Precisa acreditar em recomeços. Precisa formar uma idéia na mente, pois sem a idéia não vem a ação. Sem a idéia, não vem a realização.

Por isso, vista sua roupinha branca. Suba na cadeira para comer as lentilhas. Coma as sete uvas. Coloque a semente de tâmara na carteira. Encha-se de esperança. De energia. E acredite que este ano vai ser diferente, porque vai ser mesmo, se você quiser.

Paz e Feliz Ano Novo!

Tati

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Será que é tão dificil...

levar uma vida boa e tranquila? Onde haja amor e amizade? Onde as pessoas são sinceras com seus sentimentos e consequentemente com a gente? Onde haja confiança e com ela o respeito à individualidade de cada um? Onde haja liberdade?

As vezes isso parece impossivel.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Chega uma hora...

...que o que é velho cansa. Que cansa olhar pra trás. Cansa a nostalgia. Cansa o retrô. O Trash 80´s. Cansa de lembrar dos velhos amigos e de lamentar as perdas. Aí a gente só quer que a vida ande pra frente, porque cansou de adiar os planos, de adiar os sonhos, e a vontade de ir vem forte.

A vontade de seguir adiante, de construir uma estrada boa rumo a um lugar bom.

Quando isso acontece, não se pode ficar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

And yet, another year...

Caracas, 38 anos. Eu achava que gente de 38 era velha. Não me sinto velha. Vivo, sobrevivo, como, durmo, bebo, trabalho, até me divirto. Já não passo noites viradas dançando, mas avanço na madrugada em um bom papo com um bom amigo e boa musica. Não bebo mais vinho Chapinha, nem vodka Jivago. O tempo já investido no trabalho permite algum desfrute. Existe um olhar mais crítico sobre as coisas e menor disposição para abrir mão de mim em prol dos outros.

Somar anos não é ruim. Ruim é somá-los e não aprender as lições. É cometer os mesmo erros. É perder o gosto pelo novo. É ter medo da mudança.

Feliz aniversário para mim :-)

sábado, 23 de outubro de 2010

E já faz um mês

Nossa, esse mês passou voando. A vida tá passando voando e eu sigo trabalhando. Mereço férias!!

Mereço uma cama quente pra repousar meu corpo e uma almofada bem fofinha pra repousar meu coração. Tem gente fazendo do pobrezinho gato e sapato. Essa pessoa só não percebe que uma hora, ele cansa de ser maltratado.

Fim de outubro, meu niver chegando, hora de fechar alguns circulos, pesar o que fiz, o que vivi e o que quero daqui pra frente.

E lá vamos nós...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quem precisa de um Futuro?

Eu. Eu preciso de um futuro. Uma idéia de. Um plano. Uma expectativa. Não sei viver sem ter algo a almejar.

Parece que tem gente que consegue viver sem isso e acho que não são muitas. Só que algumas são mais dependentes do futuro do que outras pois há quem conseguia viver melhor o hoje. Estar aqui.

A este respeito, Flavio Gikovate escreve em um texto daquele livrinho que comentei alguns posts atrás, que devemos viver a vida como um filme, e não como uma foto. Segundo ele, é equivocada a idéia que um dia atingiremos um estado estável e constante de felicidade, como se olhássemos o tempo todo para uma foto feliz querendo estar nela. E continua dizendo que cabe algum sacrifício hoje em favor do amanhã, mas que temos que aproveitar também o que estamos vivendo agora. E se o hoje está ruim, devemos tentar mudá-lo ao invés de sonhar com a chegada daquele ideal.

Faz sentido. Hora de eu guardar aquela foto na gaveta.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Individuo

Esta tem sido uma das dúvidas mais cruciais da minha vida. Onde está o limite entre individualidade e individualismo? Como demonstro me importar com alguém sem ceder a chantagens? Sem ceder a mãnhas?

Acho admiráveis aquelas pessoas que existem além dos outros. Que estão confortáveis em sua própria vida. Que não se importam com a opinião dos outros porquê suas cabeças estão feitas. Aquelas pessoas que, parafraseando o poeta, cuidam de seu próprio jardim para que as borboletas venham até elas.

Um dia eu chego lá!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Getting away

Às vezes é bom se afastar do nosso ambiente. Fazer parte de outro mundo. Andar por outras ruas. Ver que o mundo é grande e por aí tudo que as pessoas querem é serem felizes, estejam aonde estiverem.

Às vezes afastar-se, mostra que, lá em casa, você está mais perto de algumas pessoas e mais longe de outras do que imaginava.

Às vezes você se descobre querido, ao mesmo tempo que percebe o quanto está só.

Toda mudança de perspectiva é bem vinda e amplia a visão.

domingo, 22 de agosto de 2010

E adianta falar?

Por que a gente gasta tanta energia tentando convencer os outros das coisas? Aliás, por quê a gente tem que convencer alguém a seguir a nossa opinião? Pura ilusão.

Uma coisa que aprendi com certeza é que a atenção das pessoas é seletiva. Sempre. As pessoas só ouvem, vêem, percebem aquilo que as interessa.

Então não se frustre. Se sua verdade servir para você, já é uma grande coisa!

Tati

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Trabalhar pra quê?

Perguntinha que vem a cabeça às segundas feiras. Trabalhar pra quê?

Por quê você tem que pagar contas? Ter casa? Carro? Ser uma pessoa respeitável? Pode ser por isso. As contas chegam mesmo todo mês e, no fundo, todo mundo quer conforto e um pouco de segurança. Cada um achando que conforto e segurança são coisas diferentes.

Mas, por mais que a gente reclame do trabalho "9 to 5", não dá pra viver de ócio. Pelo menos eu não consigo.

A gente sem nada pra fazer fica com a cabeça cheia de caraminholas ou se mete na vida dos outros sem ser chamado. Sem contar que a gente sempre precisa de um senso de utilidade na vida pra não sentir que jogou nossa existência fora.

Também não vou chamar de trabalho apenas o trabalho remunerado. Você pode não precisar (casos raros), ou pode ser que este trabalho remunerado não te dê o tal senso de utilidade. Pode ser um trabalho voluntário, pode ser um trabalho meio período, pode ser mais um curso, pode ser que você fique reformando a casa infinitamente, ou planejando sempre uma nova viagem. A questão é essa, aquela idéia de que a gente consegue viver olhando para o mar, não existe. Uma hora ou outra, você vai caçar o que fazer.

Então relaxe e tente fazer algo de que goste ao menos em parte do tempo.

E boa segunda feira :-)

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sinto falta

Hoje estou sentindo uma nuvem cinza na cabeça. A vida anda tão rápido, são tantos compromissos, tantas opiniões, tantas regras que nos governam que bate um cansaço enorme.

Parece que tão pouco depende da gente, tão pouco é controlável que a gente se sente carregado, jogado de um lado ao outro. Parece que tomou um "caldo", engoliu um monte de água salgada e perdeu o biquini. Pura fadiga.

As vezes dá vontade de a vida não ser nada mais do que uma tarde calma e quente a beira do mar, onde tudo é aconchego, acolhimento e falta de pressa.

Sinto falta disso.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Coerência

Ok, ok. Atire a primeira pedra quem nunca cedeu aos encantos de um daqueles livrinhos de bolso com frases motivacionais, ou dicas diversas que trazem a possibilidade de uma nova vida em um parágrafo! Eu nunca tinha cedido a um destes livrinhos, até que topei com um escrito pelo psiquiatra Flavio Gikovate. Gosto de ouví-lo na radio CBN porque acho o Gikovate um homem muito sensato, que não parece falar de "Segredos", mas de atitudes simples para uma vida melhor.

Eis que o bendito livrinho Superdicas Para Viver Bem e Ser Mais Feliz da editora Saraiva me saltou aos olhos pela força do nome do autor. Não resisti. E as "dicas" lembram mesmo muito o tom do programa de rádio, e se vocês me permitem, vou compartilhar uma ou outra aqui.

O de hoje tem a ver com o minuto pessoal de reflexão expresso em meu último post.

Espero que sirva para alguma coisa :-)

Tati

"Seja livre : pense e aja com coerência. (Flavio Gikovate)

A questão da liberdade está relacionada com a nossa capacidade de depender menos do meio em que vivemos. Isso só é possível quando estamos fortes internamente. Só poderá ser livre quem tiver focado sua atenção na auto-estima e não na vaidade, condição que nos torna menos dependentes do aplauso.

A liberdade estaria, por si, condenada se correspondesse a um modo específico de ser. Ser livre não é ser desta ou daquela maneira. Não é se vestir de uma forma mais tradicional ou descontraída. Penso que o ideal é definí-la como a sensação íntima de alegria que deriva de estarmos agindo de forma coerente. Ou seja, que nossas ações estejam sempre - ou quase sempre - em concordância com nosso ponto de vista. Quando o objetivo principal é agradar as pessoas que nos cercam, quase sempre temos que abrir mão de nossas convicções, e isso é fatal para quem deseja ser livre.

Não é grave nem problemático fazer concessões e agir de acordo com a vontade das pessoas com as quais convivemos mais intimamente. Isso naquelas decisões que tomamos e nas quais abrimos mão de coisas que não interferem em nossos principais objetivos de vida. É fácil conceder sobre o restaurante onde quero jantar, mas eu não mudaria a forma como lido com a minha profissão.

O ser livre está no comando de sua vida, de modo que possa agir de acordo com a sua razão. Não é escravo nem de suas emoções nem da vontade das outras pessoas. Isso é possível quando atingimos um grau de maturidade emocional que devemos perseguir com afinco. É muito bom não ter medo da rejeição afetiva que assusta tantos e conduz à submissão. É óbvio que o ser livre tem limites : têm de respeitar os direitos dos outros. "

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Quem sou?

Onde estou? De onde vim? Para onde vou?

Identidade.

A gente passa a vida buscando quem é. A que grupo pertence. E às vezes - muitas vezes - se deixa dominar por medo de não fazer parte de um grupo.

Se você não sabe o que quer, ao menos saiba o que NÃO quer. Já é um ótimo começo e evita que você comece se odiando logo de saida.

Não force a barra.

terça-feira, 29 de junho de 2010

INSEGURANÇA

Insegurança. Andei sofrendo muito com ela. Não só com a minha própria, mas também com a insegurança alheia a meu respeito ou a respeito da relação comigo. Por isso, corri pela internet em busca de algumas definições.


Abaixo junto alguns trechos com os links para textos na internet que falam sobre o assunto. O primeiro com uma visão clínica. O segundo com uma visão feminina e o ultimo com uma visão masculina.


Have fun!


1. "A insegurança se caracteriza por um sentimento de inferioridade, de quem não se acha digno de ser amado poe entender que é uma pessoa comum e sem atrativos. A sensação de estar sob ameaça constante também é experimentada como insegurança. A insegurança emocional nem sempre reflete a realidade objetiva, pois fatores subjetivos concorrem para ela."
...
"As decisões sobre a realização de um investimento, seja emocional ou financeiro, dependem das perspectivas das aquisições futuras e do estado de confiança nessas perspectivas ou expectativas.(...)
Na ausência do conhecimento acerca de eventos que ainda estão por acontecer ou por imprecisão acerca da maneira como os eventos irão se desdobrar será afetado o nível de estabilidade emocional manifestando-se como insegurança."


http://www.icc-br.org/art/a197.pdf


2.  "Ela se caracteriza por um sentimento de inferioridade, de quem não se acha digna de ser amada, de que não é possível que alguém ame uma pessoa tão comum e sem atrativos.

A pessoa insegura pensa que certamente surgirá alguém melhor do que ela para o seu parceiro. Ou, que talvez já exista, tentando roubá-lo de si.
Por não acreditar em si mesma, a insegura tem a impressão de que, a qualquer momento, perderá o ser amado. A insegurança feminina tem origem no medo de não ser amada e pode afetar tragicamente a sua estrutura emocional. Por não se achar digna de amor, a mulher pode fazer tudo para conquistar pequenas provas de afeição e se transformar numa escrava."

http://www.barradatijuca.com.br/revista/mulher-moderna/a-inseguranca-afasta-quem-voce-ama/


3.  "O que está acontecendo? Acostumamo-nos a relações tão frívolas, que, uma vez passada a fase da paixão inicial, temos que “moldar” a outra pessoa a serem o que queremos.. senão podemos não amá-la mais? Temos tanto ciúme da outra pessoa que não damos o direito a ela de sequer pensar diferente de nós? Obrigamos as outras pessoas a nos “amar sem impor condições”...e impomos as nossas condições a elas, sem direito a questionamento? NÃO SABEMOS MAIS OUVIR “NÃO”????"


http://papodehomem.com.br/forum/showthread.php/1583-Inseguran%C3%A7a-Emocional.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Às vezes...

Às vezes a gente precisa abrir os olhos e perceber que a gente pode fazer as coisas de um jeito diferente. Às vezes a gente precisa parar de culpar os outros e o "mundo cruel" pelo nossa miséria para poder perceber que tudo o que a gente quer sempre esteve ao nosso alcance, mas até agora teve preguiça, ou medo de levantar o braço pra alcançar.
Às vezes a gente tem que se perdoar, porque errar é humano.
Às vezes a gente tem que parar de baixar a cabeça por que ninguém é melhor que ninguém e no final vai todo mundo acabar num buraco mesmo.
Às vezes a gente tem que gostar de quem a gente é e permitir que a felicidade entre porque pode ser que a gente a mereça.
Às vezes a gente tem que defender o próprio espaço mas deve reconhecer os esforços dos outros pra tentarem fazer a gente feliz.
Às vezes a gente tem que saber agradecer.

Por isso, thanks baby :-)

Correndo o risco de voce me achar brega ;-)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Let it all out

Ja chegamos à metade do ano. Mais um ano que está voando, um ano a mais pra gente ficar velhinho. Como faço todos os anos, comecei minha rotina de exames, colesterol, hormonios, mamografia, papanicolau, etc, etc,etc. Até agora, graças a Deus, tudo em ordem.

Estando saudável ou sofrendo de algum probleminha, a recomendação dos médicos é sempre a mesma. Boa alimentação, atividade fisica, nada de cigarro, nem de excessos de bebidas alcoolicas, e controle do estresse. Quase tudo é fácil de fazer, dificil mesmo é controlar o estresse.

Como sabe a maioria das pessoas, o estresse pode vir de diversas fontes: do trabalho, da vida familiar, do excesso de atividades e tarefas do dia a dia, da falta de dinheiro, de condiçoes externas como viver em um local violento, de desentedimentos com vizinhos, e por ai vai. Na verdade, parece que qualquer coisa é uma fonte potencial de estresse, depende de como você vivencia a situação e é aí que a estoria começa a ficar interessante.

Na minha experiencia como pessoa ansiosa e estressada, uma coisa que tem se mostrado excelente para combater o estresse e seus amigos, é falar. Como assim, falar? Falar. Expressar-se. Colocar pra fora o que você sente. Fazer com que as pessoas conheçam a sua opinião ou insatisfação a respeito de algo. É uma maravilha!

Quando estamos com problemas, quando temos que tolerar situaçoes que nos oprimem, nos humilham, nos agridem, parece que nossa pressão interna começa a subir apertando os pulmões até não conseguirmos respirar mais. Nessa hora , se não fizermos nada, podemos acabar estourando, literalmente. Eu conheço pelo menos duas pessoas que tiveram reações físicas fortes. Um amigo teve um AVC (acidente vascular cerebral, o popular derrame), outra amiga teve um ataque cardiaco aos 36 anos. Detalhe, o primeiro tinha 42. Você pode ainda estourar através de um acesso de raiva, se tornando agressivo, arrumando briga e ferindo a quem não deve. Ou pode ainda implodir, acabando numa profunda depressão.

Por isso, minha diga é, faça algo antes que seja tarde. Expresse seus sentimentos, fale com os amigos, converse com aquela pessoa que está te magoando, ou vá fazer terapia. O importante é colocar pra fora. Como dizia a antiga musica do Tears for Fears "Shout. Shout. Let it all out."

Eu recomendo ;-)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ridiculos Humanos IV

Inicio de tarde de segunda feira, ela fazia compras lentamente no supermercado alheia à confusão que havia deixado para trás no escritório. Precisava respirar um pouco. Tentar não pensar em nada. Era muita pressão, muita cobrança, muita desarmonia. Sentia-se fora de eixo.

Passeava pelos corredores desviando das muitas caixas de papelão espalhadas pelos promotores que trabalhavam repondo as mercadorias vendidas durante o final de semana anterior.

Caminhava e coletava fragmentos de conversas pelos corredores.

Na seção de higiene pessoal.

“ É amor, você tem que saber que agora você não é mais uma simples auxiliar de enfermagem. Agora você é uma vendedora, entendeu? Tem responsabilidade. Um cargo. (silêncio). É. Ó, te amo, viu? Te amo. Te amo. Te amo. A gente se fala mais tarde”. Desliga o celular. “Ô véio, bora agilizar que tem todas essas caixa pra repor ainda. Aqui é o xampu, não o condicionador.”

Na seção de enlatados e conservas.

“Mano, lá é da hora. Tem várias mina gata. Mas aí, ou o cara fica muito loco ou é muito necessitado, meu, se ele desse um tempo descolava uma mina da hora, mas ele ficou lá abraçando a gorda e tals.”

“ Da hora, vou ver se colo lá domingo que vem.”

“É minha mãe fala pra mim não ir lá. Aí eu falo que não vô. Mas aí vai chegando a hora da balada e eu acabo indo.”

Na seção de leites e pães.

Um cliente com um panfleto do supermercado na mão. “Cadê o leite da oferta? Moço cadê esse leite aqui do folheto? Ah, ta. Pega uma caixa. Não pega desse azulzinho, não. Pega o integral. Esse é desnatado. É a pura água.”

Concluiu suas compras, e resolveu descer à praça de alimentação do hipermercado para almoçar antes de voltar ao escritório. Fez seu pedido e ficou esperando que sua senha aparecesse no mostrador.

Três meninos carregando caixas de engraxate entraram no complexo do hipermercado e saíram em busca de um troco entre as pessoas que almoçavam. “Moça, me paga um almoço.” “Tenho dinheiro não, moleque.” Enquanto circulavam pelas mesas, um deles encontrou uma bandeja deixada por um cliente com um pedaço de frango e algumas batatinhas, dos quais se serviu sem cerimônia.

O menorzinho dos três, que não parecia ter mais de oito anos, carregava o dinheiro do almoço e decidia olhando para os letreiros qual seria o prato dividido por eles.

Ela almoçava em silêncio, refletindo sobre seu pequeno passeio. Pensou nas pessoas cujas vidas ela havia invadido por um pequeno momento e acabou por descobrir que seja lá qual for seu próprio problema, ele é muito pequeno para o tamanho do mundo. Para o tamanho da sua própria vida.

Terminou seu almoço. Pegou suas sacolas e dirigiu-se ao carro. Sentou ao volante. Ligou o carro e resolveu voltar ao escritório. Mais tarde voltaria para casa e convidaria seu marido pra jantar.

Descobriu que era feliz, mas não sabia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ridículos Humanos III

Todos os dias o menino entrava pela porta da frente do onibus com uma caixa de balas em uma mão e um punhado de papeis amarrotados na outra. “Cobrador, posso passar por baixo?” “Passa, moleque.”

Todos os dias aquela senhora observava o menino entrar no onibus, distribuir seus papeis “Eu vendo bala pra ajudar minha mãe comprar alimento. Que Deus abençoe. Obrigado.”, vender alguns e sair pela porta de trás já de olho no onibus que vinha atrás. As vezes ela comprava algumas balas. As vezes não. Mas sempre observava o menino. Observava o olhar um tanto duro daquele menino que nao devia ter mais de 10 anos.

Pensou em chamar o menino e contar-lhe uma estória. Uma estória fantástica, cheia de heróis e aventuras. Imaginou a criança brotando nele de novo. Imaginou-se ajudando a criar um homem bom para o mundo.

“Tia, qué bala?”

“Hoje não querido. Hoje não.”

Nunca mais pegou aquela linha de ônibus.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dorme

Dorme meu anjo
Dorme um sono que te abrande a alma
Acorda do pesadelo que em tua mente vive
Que teu despertar seja sereno
Fiel sentinela
Te velo

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ridículos Humanos II

Estou pronta! É hoje! Hoje eu me liberto! Vou dizer tudo o que eu penso! É isso mesmo. Quem ele pensa que é?

Se arrumou em trajes quase de gala, colocou aquele jeans que levanta a bunda e que ele adora, uma bota de salto alto, maquiou-se, perfumou-se. Queria que ele se arrependesse de tê-la perdido.

Ao subir o elevador, repassava seu discurso. Não dá mais! Você não me dá atenção! Eu tenho o direito de ser feliz!

Chegou ao apartamento dele. Tocou a campainha. Ele abriu a porta.

“Nossa, gata, como você tá linda! Entra.”  E beijou-a apaixonadamente. “Nossa mas você fica uma delícia com esse jeans.”

“ E então, o que você queria conversar?”

“Ah, não era nada importante. Vamos jantar?”

As mulheres só querem ser amadas.

sábado, 8 de maio de 2010

" Os maiores prazeres...

...estão nas coisas mais simples."

A frase é batida, mas o que mais a gente pode querer?

Um domingo de sol, a temperatura amena, estar com quem se gosta.

Um momento de paz.

Não precisa mais.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Just Let Go

Estava tentando traduzir a expressão que dá título a este post. Let go. Pensei em expressões similares como "Abra mão", "Deixe ir", "Deixe partir". Ela acaba sempre dando uma ideia de desprendimento, de deixar que algo se afaste e vá, ou mesmo que você se entregue a algo como em Let yourself go. Não, este post não é uma aulinha sobre expressões idiomáticas. O que me interessa em Let go é justo essa idéia do desprendimento.

Pense, "Abra mão", "Deixe ir", "Deixe partir"", "Entregue-se". Muitas vezes só de pensar no que elas representam já dá medo. Como é que a gente abre mão de algo? Como é que a gente deixa algo ou alguém partir, como é que a gente se entrega? A questão é que essa expressãozinha em inglês sintetiza o medo da gente de mudar. A gente tem um apego tão grande às coisas que é assustador.

Ser parte de algo, preservar algo ou a relação com alguém são coisas boas. Cultivar a memória, eu acho bom e importante. Mas olhe para os seus outros apegos.

Quando foi a ultima vez que você trocou de corte de cabelo?
Quando foi a ultima vez que você pediu um sabor diferente de pizza?
Você já conseguiu se livrar daquele vestido velho de 10 anos atrás que você achava que um dia ainda ia usar?
Você diz querer que seus filhos cresçam e sejam independentes, mas parou de controlar cada passo que eles dão com medo de perder seu lugar na vida deles?
Você está se sentindo mal no emprego que tem, mas está disposto a passar pelo estresse que é ter que aprender tudo de novo?
Você deixou de se aventurar em alguma situação com medo de parecer ridículo?
Quantas vezes você olhou pra trás cheio de saudosismo e disse, "Ah, naquele tempo..."

E o apego às emoções? Esse pra mim é o pior. A gente chega mesmo a ser viciado em certas emoções ou sentimentos, não sei qual seria o melhor termo, mas e o apego ao medo, ao ciume, à raiva, à baixa auto-estima... Você está se defendendo de que? E o apego aquele "amor" que você sente pelo mundo? Um mundo pelo qual você dedica tudo, mas de quem não recebe nada em troca? Coitado de você! Eu conheço uma pessoa assim, e dá dó ver como ela se escraviza.

Eu estou falando pra você que é errado ter raizes e referências? Que a gente tem que sair por aí vivendo loucamente e experimentando de tudo? Não, afinal a gente é a soma do que viveu, a gente precisa de uma noção de quem é.

A questão é, você está vivendo onde? Neste mundo ou no passado? Ou num mundo que você criou pra se proteger? Você está ganhando o que com isso? O que você vai contar para os seus netos?

Avalie os seus apegos, abra espaço para emoções novas, abra -se para o novo, nem que seja pra poder dizer que é da pizza de mussarela mesmo que você gosta.

Dê-se a chance. Just let go.

domingo, 25 de abril de 2010

Falar

 
Falar é completamente fácil
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.

Carlos Drummond de Andrade

segunda-feira, 19 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Ser Feliz ou ter Razão

É uma coisa engraçada, a gente vive em busca de gurus, filosofos, livros de auto ajuda, mas é curioso como o que a gente precisa saber, está sempre a nosso alcance, a gente é que não enxerga. Meu irmão hoje discutia com a namorada o que o mestre do Kung-Fu Panda (sim o desenho) estava querendo dizer em uma determinada cena. Numa outra ocasião uma outra amiga ficou repensando seu comportamento depois de assitir à comédia Sim, Senhor (Yes Man) com o Jim Carrey e se perguntava se ela mesma não havia virado uma pessoa que havia se fechado para a vida e se não deveria aprender a dizer sim. Do mesmo modo que eu, alguns dias atrás fiquei fazendo uma reflexão depois de ver um filme.

Pode ser num filme, pode ser numa música, pode ser num livro, numa conversa com amigos, até mesmo com a ajuda dos gurus, a "verdade", e uso aspas porque ela é diferente para cada um, está sempre alí, na nossa cara, e a gente não enxerga. Bom, pelo menos até estar pronto para ela.

Uma verdade me arrebatou esta semana. Esta vozinha dentro de mim disse, "Se uma coisa não traz felicidade, ela não vale a pena." Caramba! Parece pouco? Não é! É essencial. É forte. Se uma coisa não traz felicidade, ela não vale a pena.

Pare e repare quantas coisas você faz que não te deixam feliz? Quantas vezes você faz as coisas porque alguém te falou que aquilo era bom, que aquilo era o certo? Quantas vezes você abaixou a cabeça com medo da rejeição de alguém e acabou se sentindo pior do que se tivesse sido realmente rejeitado porque aquilo, no final do dia, não mudou a opinião daquela pessoa a seu respeito.

Pior, quantas lutas você trava por coisas que não vão te trazer felicidade? Entra numa discussão que não vai levar a lugar nenhum, ou sucumbe a suas próprias fraquezas, ao seu medo, a seu egoismo para defender um ponto de vista que pode não estar certo também?

Não, a felicidade não vem fácil, a gente tem que saber ceder, tem que saber valorizar o que tem, tem que saber perdoar os próprios erros e os erros dos outros também. Principalmente a gente tem que ter coragem. Coragem pra largar aquilo com que está acostumado e que, apesar de fazer a gente sofrer, não abandona porque acha que a vida é assim mesmo.

Não, a vida não é assim mesmo.

Parafraseando o poeta, "Nada vale a pena se a felicidade é pequena!"

sábado, 17 de abril de 2010

Um Outro Olhar

Tem horas que uma imagem diz mais que ml palavras, não é o que se diz?

Desde jovenzinha, e digo jovenzinha mesmo, lá pelos 13, 14 anos, eu sinto atração pela fotografia. Meu pai tinha uma câmera Yashica de plástico azul daquelas que a gente vira o filme com o polegar pra bater a foto, e que foi meu primeiro instrumento de experimentação. O que era um hobby caro, passou a ser uma forma bem mais acessível de expressão com a chegada das câmeras digitais. E a partir de hoje vou compartilhá-la um pouco aqui também.

Eu tenho interesse especialmente por paisagens urbanas, estruturas de aço e concreto, imagens que demonstrem o impacto do tempo e que tenham textura basicamente. Me interessa também a imagem dos momentos comuns de pessoas comuns. Não costumo retocar minhas fotos, de forma que podem haver fotos de má qualidade técnica, mas pra mim, o que importa é registrar o momento.

Mais das minhas fotos podem ser vistas no link http://br.olhares.com/tatisister

Hope you enjoy it.

Tati


segunda-feira, 12 de abril de 2010

About Julie & Julia

Este final de semana assisti o filme Julie e Julia. O filme, dirigido por Nora Ephron traz Meryl Streep e Amy Adams nos papéis de Julia Child e Julie Powell. Segundo diz a sinopse, o filme é baseado em duas histórias reais. Ele conta a história de duas mulheres que em períodos e lugares diferentes, encontram na culinária uma das suas grandes motivações na vida. O site do filme o classifica como um filme sobre amor, esperança e inspiração.

Amei o filme. Amei especialmente por ver a história de duas pessoas vivendo uma paixão. Não só paixão amorosa - ambas eram muito bem casadas - mas paixão por algo. Julie, a mais jovem, chegando aos 30anos, se vê naquela tipica crise do, "caramba o que eu fiz até agora?" . Aquela crise que quem tem mais de 30 anos conhece bem, quando você não tem mais a desculpa da juventude pra justificar seus fracassos e a vida adulta se tornou irrevogável.

Para lidar com esse período e encontrar uma motivação na vida, Julie resolve fazer duas coisas que ama, cozinhar e escrever. No caso ela se propõe um desafio : fazer todas as receitas do livro de culinária de Julia Child em um ano, e escrever a respeito disto em um blog. É bem legal.

Eu que estou a três anos de chegar aos 40 (ai que medo me dá este número), fiquei pensando. Será que estas crises passam, pra começo de conversa, ou a gente tem uma a cada década? Depois fiquei aqui me questionando onde está aquele entusiasmo das personagens por algo? Se eu quisesse me propor um desafio como o das personagens do filme, qual seria?

Enfim, o que me ficou na cabeça foi, quantas pessoas são realmente capazes de dizer do que gostam? Quantas pessoas conhecem tão bem o que as faria pular da cama da manhã cheias de entusiasmo? O que eu vejo ao redor são as pessoas cumprindo tarefas que não as preenche verdadeiramente. A gente até gosta do trabalho às vezes, como as bem sucedidas amigas de Julie no filme, mas muitas vezes a satisfação que as pessoas conseguem em um emprego cessa com o contrato de trabalho. E aí?

Minha questão é, você sabe do que é feito? Você sabe onde fica o pote de ouro no fim do seu arco-iris? Já parou pra analisar suas motivações e o por que você faz as coisas como faz?

Talvez seja hora de levantar estas questões. As histórias do filme são reais. Can you do as well?

Boa reflexão.

P.S. o filme é puro e delicioso entretenimento e parece que já está disponivel em DVD. Basta googar o titulo pra saber mais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quer saber?

É melhor ser alegre que ser triste.

Hoje eu acordei me sentindo bem. Sem motivo nenhum. Simplesmente acordei bem. Hoje pela manha eu senti que nao tinha motivos pra ser triste. E comecei bem o dia.

Ai me perguntei qual a nossa natureza. Somos naturalmente alegres ou tristes?

Com o passar do dia, o mood voltou aos patamares normais. Nem alegre nem triste. E de novo me perguntei. Somos naturalmente alegres ou tristes?

Sei lá. O que eu sei é que "é melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe..."

domingo, 4 de abril de 2010

Aceitar o quê?

Uma vez eu li que estar apaixonado faz a gente ver só o melhor no outro. Talvez sim. E se a pessoa não conseguir ver o melhor no outro? O que isso quer dizer? Que ela não está apaixonada?

Meu irmão, comentando sobre seu próprio namoro me falou uma coisa que me fez pensar. Segundo ele "esse negócio de aceitação não existe. Ninguém aceita o outro como é. O que a gente faz é tolerar. Os dois têm que saber contemporizar. Têm que ceder."

Se nem a mãe da gente aceita a gente como é, se nem a gente se aceita como é, acho que ele tem razão. O que será que isso quer dizer? Será que adianta tentar "agradar" a uma outra pessoa?

Pois é, pelo jeito a vida era mais fácil quando os casamentos eram arranjados e feitos por conveniência. A gente hoje casa por amor, graças a Deus, mas vive inseguro.

Amor é uma coisa maravilhosa de se sentir. Que alegria, que beleza, que cores no mundo. Mas relacionamentos são tão complicados...

domingo, 28 de março de 2010

Ansiedade

De repente parece que você está jogando futebol em Quito, o ar rarefeito, o coração disparado. Ao mesmo tempo, uma eletricidade roda pelo corpo. Você não consegue ficar sentado, a cabeça a mil, difícil de se concentrar. Você precisa fazer alguma coisa. Precisa falar, correr, mas se vê impedido. Uma angústia grande te consome. Você fica irritado. Briga, chora.

Muitos são os males modernos. Ansiedade é um deles.

A ansiedade nasceu para ser um sinal de alerta e nos preparar para uma possivel situação de perigo e tomar atitudes necessárias para lidar com a ameaça. Mas isso é na biologia!

A psicóloga Olga Tessari, explica em seu site que ansiedade é gerada pelo choque de exigencias conflitantes, pela mania de perfeição, por não querer magoar os outros, por medo das críticas, medo de errar, por preocupações excessivas entre outras coisas. Os disturbios de Ansiedade passam pela ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou por problemas médicos, disturbio do pânico, disturbios fóbicos e transtorno obsessivo compulsivo.

Segundo o Dr Antonio Egidio Nardi, no disturbio de ansiedade generalizada a ansiedade e a preocupação são intensas e de dificil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como saúde, dinheiro, relacionamentos...

Por que eu estou escrevendo sobre isso? Porque sempre fui ansiosa, e as pessoas sempre me olharam de cara feia por isso, "ai como você é irriquieta, não consegue ficar parada". Como se eu não quisesse ficar parada, olhando para o nada, despreocupada. E como é dificil controlar seu ataque. Se ela vem acompanhada de um medo, de repente eu choro e ponto, ligo pra alguém que gosta de mim pra me acalmar.

No trabalho acontecem umas ansiedades boas até. Um monte de energia aplicada num trabalho que me dava prazer me ajudou a passar pela primeira fase de uma separação muito dificil.

Tenho andado num momento de extrema ansiedade. Ansiedade causada por um medo decorrente de uma situação de incerteza e por me sentir impedida de expressar sentimentos. Tem sido extremamente doloroso.

Mas assim é. A gente vai tentando lidar. Terapia, atividade física, acupuntura, meditação. chorar, gritar. Tentar controlar as reações às fontes de ansiedade. Se seu caso demandar, medicação também. Nunca foi meu caso.

Ansiosos do mundo, canalizai toda esta energia, ou ela vos consumirá, e do ladinho dela, te espera a depressão. Isto se ela já não estiver instalada.

Mas aí o problema fica para outro post.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Human

how much?
how long?
why?
why does
it hurt
so much
for so long?

Why aren´t I that strong?
that focused?
that admirable?
Why am I so human?
so dependent
so insecure
so lost

Why aren´t I
like my internet profile?
Carefully thought
Planned
Flawless

The perfect hair
The perfect light
The superior feelings
Hobbies and habits

I dont need no touches
I´d rather look bad
and have a chance
to feel
to be human
and burn
and live through

Never trust a perfect person
Those never get fixed

segunda-feira, 8 de março de 2010

Enforcada nas cordas da Liberdade

Acabei de ler um texto muito bacana da jornalista Eliane Brum no site da revista Época. Nele, Eliane conta sobre a expectativa que está passando ao decidir deixar uma vida certa e segura para se aventurar em seu sonho de escrever. Adorei a expressão que ela usou de que decidiu se " enforcar nas cordas da liberdade".

No texto Eliane traduz sua liberdade como ter tempo. Tempo para fazer o que quiser, quando quiser. Sim, ter tempo é um sonho de liberdade. Tempo para aproveitar a vida, fazer o que gosta, estar com quem se ama. Ela fala também sobre a realização de um sonho. Um sonho de infância traduzido na escrivanhinha Xerife que comprou e que parece ser o pré-requisito necessário para tornar-se escritora.


A gente acha que vai ser livre se tiver tempo. Se tiver dinheiro. Se sair daquele emprego sufocante. Se largar aquele relacionamento que já não dá certo. Se sair debaixo das asas dos pais. Se viajar o mundo. Se comprar uma motocicleta. Se for para a praia surfar todos os finais de semana.

Liberdade. Que palavrinha mais interessante. Todo mundo a deseja, mas pouca gente sabe o que realmente ela significa, no que implica, ou sequer está preparado para ela. Não, eu também não sei o que é essa tal de liberdade. Tenho minhas teorias e traduções para ela, mas ainda não cheguei ao meu formato final. Nem acho que este formato exista, ou seja fixo. Já me senti muito livre estando presa no emprego, num relacionamento, nos horários. E muito presa estando livre, também.

Achei o texto da Eliane Brum gostoso de ler. Me deu vontade de revisitar minhas coisas e colocar tudo o que é velho de lado. Me fez começar a pensar no que EU traduzo como liberdade. Porque no final. O que a gente acha é o que conta.

Tatiana

O texto completo chamado "Escrivaninha Xerife" está disponível no site da Revista Época

domingo, 31 de janeiro de 2010

Para viver melhor

As vezes a gente precisa buscar alguma orientação. Estas frases sairam das "Cem recomendações para a vida" do mestre budista Hsing Yun. Eu escolhi 5 que eu achei lemas para a vida. Outro dia posto outras. Há recomendações para todas as areas da vida, achei interessante.

Só a humildade gera o bem. A arrogância não traz mais do que desvantagem.

A raiva não resolve problemas. Somente uma mente tranquila e pacífica pode ajudar você a lidar com a vida.

Demonstre coerência entre atitude e pensamento. Não seja iluminado na teoria e ignorante na prática.

Faça tudo com boa intenção, verdade, sinceridade e beleza.

Cumpra suas promessas.

Aqui já tem trabalho pra caramba! As demais estão disponiveis no link no final do texto.

Boa meditação!

Tati

www.dharmanet.com.br

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Porque os Casais brigam?

Trecho retirado de um ensaio de Francisco Bosco na revista CULT ed.142.

As discussões carecem de objetividade sob todos os aspectos; elas são tortas, sinuosas, indiretas, mas por essas vias acabam chegando a algum lugar. Todo mundo já pode notar que uma discussão que começa a respeito de um ponto simples e objetivo vai parar, horas depois, em velhos ressentimentos, ou mesmo se demora infinitamente em destrinchar minúcias do problema, cada um defendendo seu ponto, entrincheiradamente, enquanto a discussão, longe de se resolver, se agiganta, se complexifica, se agrava. É claro que essas discussões (como toda discussão, pois há sempre um imaginário em jogo, mas em nenhum lugar um imaginário mais suscetível do que no amor) são um espetáculo da erística, e é aí que elas se afundam indefinidamente. Mas o que está em jogo não é tanto superar o adversário que é o outro, como superar o adversário que é comum : a fadiga, o ressentimento. A dificuldade maior, o problema interno, inominável, das discussões é precisamente como terminá-las sem que haja um vencedor, e sim dois.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Pra 2010

Este ano não vou escrever um texto longo e reflexivo. Deixo que o Paulinho Moska fale por mim. Feliz Ano Novo!