segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O ano é novo pra mim

Novembro chegou, meu aniversário com ele. Ano novo. Balanços, meditações, mapa atral, consulta à cartomante, aquelas coisas. Pra onde vai a minha vida? De onde ela vem vindo? Sei lá! Eu sabia. Juro. Ou pelo menos achava que sabia.

Mas eu tenho que saber? Nos ultimos anos minha vida tem sido só sentir. Todo tipo de sentimento. Momentos de descoberta e de redescoberta. Momentos de se perder. Momentos de aprender a não cometer os mesmos erros, e outros de querer cometê-los mesmo sabendo das possíveis consequências.

Bom seria se a gente não tivesse um número marcado na cara. Assim a gente não ficaria pensando quanto tempo ainda teria pra viver estatísticamente. "Tenho ainda uns 33 anos de vida."  Não pensaria aonde já deveria ter chegado, ou o que já deveria ter vivido, amado, comprado, viajado. Será que a gente teria crises dos 30, dos 40, da meia idade se não soubesse quantos anos a gente tem? E olha só que engraçado, a gente vive em crise. A primeira crise já na adolescência. Não é fácil não companheiro.

E cá estou eu. 39 aninhos. Espírito de 39 mesmo, por que, como disse a Eliane Brum em sua coluna na Revista Época uma vez ...
"...Mas espírito jovem, tenha dó. Deu um trabalho danado aprender tudo o que sei até agora, para isso escorreguei um monte de vezes, magoei umas tantas pessoas, fui arrogante e insensível em alguns momentos, passei do medo que paralisa para aquele que move, me libertei de várias neuroses e de outras tantas idealizações e tive de ralar muito para me tornar um ser humano melhor. Assim, deixem meu espírito velho em paz, já que não podem me devolver o corpinho."
E vamos que vamos. Porque meu espírito está ficando velho mas não ranzinza e, como continuo viva, vou comemorar horrores.

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