quarta-feira, 11 de maio de 2011

What´s wrong with people???

Gente, sinceramente, o que está acontecendo com as pessoas do mundo? É Bolsonaro que resolve distribuir kits anti-gay nas escolas do Rio. São os moradores de Higienópolis que não querem pobres nas suas calçadas. São as pessoas que param nas vagas de deficientes físicos e idosos mesmo sendo saudáveis. Pessoas que furam fira no supermercado porque estão "com pressa", como se sua pressa fosse mais importante que as dos outros. Gente que desperdiça agua, que deixa o cocô de seu poodle na rua, que joga lixo pra fora do carro. Que p**** é essa?

Hoje parece que todo mundo se acha melhor que todo o mundo. São os donos da verdade e da razão. Sempre. Parece que as leis e as regras são sempre para os outros, nunca para os "escolhidos". Cadê a humildade? Cadê o respeito pelo espaço e pelo outro? Tá dando desânimo.

O problema é de educação? Não educação formal, pelo menos. Olha o povo de Higienópolis.

Pra mim o problema é falta de chinelo! Muitas destes "escolhidos" são filhos de pais super permissivos que nunca ensinaram ao filho a respeitá-los, a respeitar os professores na escola, que sempre protegeram o filho mesmo que fosse ele quem tivesse começado a "briga na escola". Outros são pessoas que usam este comportamento para esconderem a pequenez da sua auto-estima, o vazio da sua existência. São fúteis demais pra entender o que é respeito.

E o que a gente pode fazer a respeito? Primeiro, a gente pode fazer a nossa parte e dar o exemplo. Eu me divirto ao lembrar que já fui cumprimentada na rua por uma senhora ao me ver recolher o cocô do meu cachorro num saquinho plástico. Ou da expressão de gratidão das pessoas quando você dá passagem a elas no trânsito truncado de São Paulo.

Segundo, a gente pode ensinar as crianças. Até hoje me lembro das aulas de cuidado no transito que tive no pré-primário e sou incapaz de atravessar a rua fora da faixa sem me achar uma contraventora. Se a gente não ensinar de pequeno, de grande é que não vai ensinar.

Por ultimo, se não há punição possível que eduque (infelizmente as pessoas só aprendem pela dor) a gente deveria chamar a atenção das pessoas para seus atos como se faz em outros países. Infelizmente não dá pra ficar chamando a atenção das pessoas na rua sem correr o risco de tomar um soco na cara, mas a gente pode reclamar com quem pode fazer isso. Como mandar mensagens para a ouvidoria de shoppings e supermercados para que proibam as pessoas de usar as vagas especiais, por exemplo.

A gente tem que se esforçar para ajudar a fazer do espaço social um espaço melhor para se viver. Porque senão, daqui a pouco, o espaço urbano vai virar um faroeste.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Volta pra mim...

Eis que um belo dia me dei conta de que ela havia partido.

Cansada de mim, a Poesia se foi da minha vida deixando um bilhete.

Em seu bilhete reclamou que me esquecera dela,
Que eu não mais observava e retratava o mundo com minhas palavras.
Que eu me tornara uma pessoa racional, fria, corporativa.

Lamentou que eu não mais suspirava
Com as cenas de amor nos filmes água com açúcar,
Nem cantarolava mais hits brega românticos.

Pediu que eu tentasse buscar em mim
Aquela leveza e prazer pelos pequenos momentos
Que tanto a estimulavam
Porque sem isso não há vida que seja boa.

Demandou que eu destrancasse meu coração
E deixasse o pobrezinho se manifestar pelo amor,
Porque ele estava afogado no medo.

Por fim me lembrou que ela só existe
Onde há paixão e coragem para a vida
Seja o momento feliz ou triste.

Assinou o bilhete e partiu para onde fosse apreciada.

Poesia eu te peço, volta pra mim!

Prometo abrir meus sentidos novamente.
Ensina -me de novo os caminhos da beleza,
Do amor
E da dor.
Minha vida sem você não tem mais sentido.

Volta!
Não há vida sem Poesia.