sexta-feira, 30 de julho de 2010

Coerência

Ok, ok. Atire a primeira pedra quem nunca cedeu aos encantos de um daqueles livrinhos de bolso com frases motivacionais, ou dicas diversas que trazem a possibilidade de uma nova vida em um parágrafo! Eu nunca tinha cedido a um destes livrinhos, até que topei com um escrito pelo psiquiatra Flavio Gikovate. Gosto de ouví-lo na radio CBN porque acho o Gikovate um homem muito sensato, que não parece falar de "Segredos", mas de atitudes simples para uma vida melhor.

Eis que o bendito livrinho Superdicas Para Viver Bem e Ser Mais Feliz da editora Saraiva me saltou aos olhos pela força do nome do autor. Não resisti. E as "dicas" lembram mesmo muito o tom do programa de rádio, e se vocês me permitem, vou compartilhar uma ou outra aqui.

O de hoje tem a ver com o minuto pessoal de reflexão expresso em meu último post.

Espero que sirva para alguma coisa :-)

Tati

"Seja livre : pense e aja com coerência. (Flavio Gikovate)

A questão da liberdade está relacionada com a nossa capacidade de depender menos do meio em que vivemos. Isso só é possível quando estamos fortes internamente. Só poderá ser livre quem tiver focado sua atenção na auto-estima e não na vaidade, condição que nos torna menos dependentes do aplauso.

A liberdade estaria, por si, condenada se correspondesse a um modo específico de ser. Ser livre não é ser desta ou daquela maneira. Não é se vestir de uma forma mais tradicional ou descontraída. Penso que o ideal é definí-la como a sensação íntima de alegria que deriva de estarmos agindo de forma coerente. Ou seja, que nossas ações estejam sempre - ou quase sempre - em concordância com nosso ponto de vista. Quando o objetivo principal é agradar as pessoas que nos cercam, quase sempre temos que abrir mão de nossas convicções, e isso é fatal para quem deseja ser livre.

Não é grave nem problemático fazer concessões e agir de acordo com a vontade das pessoas com as quais convivemos mais intimamente. Isso naquelas decisões que tomamos e nas quais abrimos mão de coisas que não interferem em nossos principais objetivos de vida. É fácil conceder sobre o restaurante onde quero jantar, mas eu não mudaria a forma como lido com a minha profissão.

O ser livre está no comando de sua vida, de modo que possa agir de acordo com a sua razão. Não é escravo nem de suas emoções nem da vontade das outras pessoas. Isso é possível quando atingimos um grau de maturidade emocional que devemos perseguir com afinco. É muito bom não ter medo da rejeição afetiva que assusta tantos e conduz à submissão. É óbvio que o ser livre tem limites : têm de respeitar os direitos dos outros. "

Um comentário:

Suzy disse...

Concordo plenamente...é isso que devemos buscar e é isso que pode ser definido como respeito a nós mesmos...assim podemos nos tornar pessoas mais interessantes para se conviver...
Bjos!
Suzy