terça-feira, 29 de junho de 2010

INSEGURANÇA

Insegurança. Andei sofrendo muito com ela. Não só com a minha própria, mas também com a insegurança alheia a meu respeito ou a respeito da relação comigo. Por isso, corri pela internet em busca de algumas definições.


Abaixo junto alguns trechos com os links para textos na internet que falam sobre o assunto. O primeiro com uma visão clínica. O segundo com uma visão feminina e o ultimo com uma visão masculina.


Have fun!


1. "A insegurança se caracteriza por um sentimento de inferioridade, de quem não se acha digno de ser amado poe entender que é uma pessoa comum e sem atrativos. A sensação de estar sob ameaça constante também é experimentada como insegurança. A insegurança emocional nem sempre reflete a realidade objetiva, pois fatores subjetivos concorrem para ela."
...
"As decisões sobre a realização de um investimento, seja emocional ou financeiro, dependem das perspectivas das aquisições futuras e do estado de confiança nessas perspectivas ou expectativas.(...)
Na ausência do conhecimento acerca de eventos que ainda estão por acontecer ou por imprecisão acerca da maneira como os eventos irão se desdobrar será afetado o nível de estabilidade emocional manifestando-se como insegurança."


http://www.icc-br.org/art/a197.pdf


2.  "Ela se caracteriza por um sentimento de inferioridade, de quem não se acha digna de ser amada, de que não é possível que alguém ame uma pessoa tão comum e sem atrativos.

A pessoa insegura pensa que certamente surgirá alguém melhor do que ela para o seu parceiro. Ou, que talvez já exista, tentando roubá-lo de si.
Por não acreditar em si mesma, a insegura tem a impressão de que, a qualquer momento, perderá o ser amado. A insegurança feminina tem origem no medo de não ser amada e pode afetar tragicamente a sua estrutura emocional. Por não se achar digna de amor, a mulher pode fazer tudo para conquistar pequenas provas de afeição e se transformar numa escrava."

http://www.barradatijuca.com.br/revista/mulher-moderna/a-inseguranca-afasta-quem-voce-ama/


3.  "O que está acontecendo? Acostumamo-nos a relações tão frívolas, que, uma vez passada a fase da paixão inicial, temos que “moldar” a outra pessoa a serem o que queremos.. senão podemos não amá-la mais? Temos tanto ciúme da outra pessoa que não damos o direito a ela de sequer pensar diferente de nós? Obrigamos as outras pessoas a nos “amar sem impor condições”...e impomos as nossas condições a elas, sem direito a questionamento? NÃO SABEMOS MAIS OUVIR “NÃO”????"


http://papodehomem.com.br/forum/showthread.php/1583-Inseguran%C3%A7a-Emocional.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Às vezes...

Às vezes a gente precisa abrir os olhos e perceber que a gente pode fazer as coisas de um jeito diferente. Às vezes a gente precisa parar de culpar os outros e o "mundo cruel" pelo nossa miséria para poder perceber que tudo o que a gente quer sempre esteve ao nosso alcance, mas até agora teve preguiça, ou medo de levantar o braço pra alcançar.
Às vezes a gente tem que se perdoar, porque errar é humano.
Às vezes a gente tem que parar de baixar a cabeça por que ninguém é melhor que ninguém e no final vai todo mundo acabar num buraco mesmo.
Às vezes a gente tem que gostar de quem a gente é e permitir que a felicidade entre porque pode ser que a gente a mereça.
Às vezes a gente tem que defender o próprio espaço mas deve reconhecer os esforços dos outros pra tentarem fazer a gente feliz.
Às vezes a gente tem que saber agradecer.

Por isso, thanks baby :-)

Correndo o risco de voce me achar brega ;-)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Let it all out

Ja chegamos à metade do ano. Mais um ano que está voando, um ano a mais pra gente ficar velhinho. Como faço todos os anos, comecei minha rotina de exames, colesterol, hormonios, mamografia, papanicolau, etc, etc,etc. Até agora, graças a Deus, tudo em ordem.

Estando saudável ou sofrendo de algum probleminha, a recomendação dos médicos é sempre a mesma. Boa alimentação, atividade fisica, nada de cigarro, nem de excessos de bebidas alcoolicas, e controle do estresse. Quase tudo é fácil de fazer, dificil mesmo é controlar o estresse.

Como sabe a maioria das pessoas, o estresse pode vir de diversas fontes: do trabalho, da vida familiar, do excesso de atividades e tarefas do dia a dia, da falta de dinheiro, de condiçoes externas como viver em um local violento, de desentedimentos com vizinhos, e por ai vai. Na verdade, parece que qualquer coisa é uma fonte potencial de estresse, depende de como você vivencia a situação e é aí que a estoria começa a ficar interessante.

Na minha experiencia como pessoa ansiosa e estressada, uma coisa que tem se mostrado excelente para combater o estresse e seus amigos, é falar. Como assim, falar? Falar. Expressar-se. Colocar pra fora o que você sente. Fazer com que as pessoas conheçam a sua opinião ou insatisfação a respeito de algo. É uma maravilha!

Quando estamos com problemas, quando temos que tolerar situaçoes que nos oprimem, nos humilham, nos agridem, parece que nossa pressão interna começa a subir apertando os pulmões até não conseguirmos respirar mais. Nessa hora , se não fizermos nada, podemos acabar estourando, literalmente. Eu conheço pelo menos duas pessoas que tiveram reações físicas fortes. Um amigo teve um AVC (acidente vascular cerebral, o popular derrame), outra amiga teve um ataque cardiaco aos 36 anos. Detalhe, o primeiro tinha 42. Você pode ainda estourar através de um acesso de raiva, se tornando agressivo, arrumando briga e ferindo a quem não deve. Ou pode ainda implodir, acabando numa profunda depressão.

Por isso, minha diga é, faça algo antes que seja tarde. Expresse seus sentimentos, fale com os amigos, converse com aquela pessoa que está te magoando, ou vá fazer terapia. O importante é colocar pra fora. Como dizia a antiga musica do Tears for Fears "Shout. Shout. Let it all out."

Eu recomendo ;-)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Ridiculos Humanos IV

Inicio de tarde de segunda feira, ela fazia compras lentamente no supermercado alheia à confusão que havia deixado para trás no escritório. Precisava respirar um pouco. Tentar não pensar em nada. Era muita pressão, muita cobrança, muita desarmonia. Sentia-se fora de eixo.

Passeava pelos corredores desviando das muitas caixas de papelão espalhadas pelos promotores que trabalhavam repondo as mercadorias vendidas durante o final de semana anterior.

Caminhava e coletava fragmentos de conversas pelos corredores.

Na seção de higiene pessoal.

“ É amor, você tem que saber que agora você não é mais uma simples auxiliar de enfermagem. Agora você é uma vendedora, entendeu? Tem responsabilidade. Um cargo. (silêncio). É. Ó, te amo, viu? Te amo. Te amo. Te amo. A gente se fala mais tarde”. Desliga o celular. “Ô véio, bora agilizar que tem todas essas caixa pra repor ainda. Aqui é o xampu, não o condicionador.”

Na seção de enlatados e conservas.

“Mano, lá é da hora. Tem várias mina gata. Mas aí, ou o cara fica muito loco ou é muito necessitado, meu, se ele desse um tempo descolava uma mina da hora, mas ele ficou lá abraçando a gorda e tals.”

“ Da hora, vou ver se colo lá domingo que vem.”

“É minha mãe fala pra mim não ir lá. Aí eu falo que não vô. Mas aí vai chegando a hora da balada e eu acabo indo.”

Na seção de leites e pães.

Um cliente com um panfleto do supermercado na mão. “Cadê o leite da oferta? Moço cadê esse leite aqui do folheto? Ah, ta. Pega uma caixa. Não pega desse azulzinho, não. Pega o integral. Esse é desnatado. É a pura água.”

Concluiu suas compras, e resolveu descer à praça de alimentação do hipermercado para almoçar antes de voltar ao escritório. Fez seu pedido e ficou esperando que sua senha aparecesse no mostrador.

Três meninos carregando caixas de engraxate entraram no complexo do hipermercado e saíram em busca de um troco entre as pessoas que almoçavam. “Moça, me paga um almoço.” “Tenho dinheiro não, moleque.” Enquanto circulavam pelas mesas, um deles encontrou uma bandeja deixada por um cliente com um pedaço de frango e algumas batatinhas, dos quais se serviu sem cerimônia.

O menorzinho dos três, que não parecia ter mais de oito anos, carregava o dinheiro do almoço e decidia olhando para os letreiros qual seria o prato dividido por eles.

Ela almoçava em silêncio, refletindo sobre seu pequeno passeio. Pensou nas pessoas cujas vidas ela havia invadido por um pequeno momento e acabou por descobrir que seja lá qual for seu próprio problema, ele é muito pequeno para o tamanho do mundo. Para o tamanho da sua própria vida.

Terminou seu almoço. Pegou suas sacolas e dirigiu-se ao carro. Sentou ao volante. Ligou o carro e resolveu voltar ao escritório. Mais tarde voltaria para casa e convidaria seu marido pra jantar.

Descobriu que era feliz, mas não sabia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ridículos Humanos III

Todos os dias o menino entrava pela porta da frente do onibus com uma caixa de balas em uma mão e um punhado de papeis amarrotados na outra. “Cobrador, posso passar por baixo?” “Passa, moleque.”

Todos os dias aquela senhora observava o menino entrar no onibus, distribuir seus papeis “Eu vendo bala pra ajudar minha mãe comprar alimento. Que Deus abençoe. Obrigado.”, vender alguns e sair pela porta de trás já de olho no onibus que vinha atrás. As vezes ela comprava algumas balas. As vezes não. Mas sempre observava o menino. Observava o olhar um tanto duro daquele menino que nao devia ter mais de 10 anos.

Pensou em chamar o menino e contar-lhe uma estória. Uma estória fantástica, cheia de heróis e aventuras. Imaginou a criança brotando nele de novo. Imaginou-se ajudando a criar um homem bom para o mundo.

“Tia, qué bala?”

“Hoje não querido. Hoje não.”

Nunca mais pegou aquela linha de ônibus.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Dorme

Dorme meu anjo
Dorme um sono que te abrande a alma
Acorda do pesadelo que em tua mente vive
Que teu despertar seja sereno
Fiel sentinela
Te velo

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ridículos Humanos II

Estou pronta! É hoje! Hoje eu me liberto! Vou dizer tudo o que eu penso! É isso mesmo. Quem ele pensa que é?

Se arrumou em trajes quase de gala, colocou aquele jeans que levanta a bunda e que ele adora, uma bota de salto alto, maquiou-se, perfumou-se. Queria que ele se arrependesse de tê-la perdido.

Ao subir o elevador, repassava seu discurso. Não dá mais! Você não me dá atenção! Eu tenho o direito de ser feliz!

Chegou ao apartamento dele. Tocou a campainha. Ele abriu a porta.

“Nossa, gata, como você tá linda! Entra.”  E beijou-a apaixonadamente. “Nossa mas você fica uma delícia com esse jeans.”

“ E então, o que você queria conversar?”

“Ah, não era nada importante. Vamos jantar?”

As mulheres só querem ser amadas.

sábado, 8 de maio de 2010

" Os maiores prazeres...

...estão nas coisas mais simples."

A frase é batida, mas o que mais a gente pode querer?

Um domingo de sol, a temperatura amena, estar com quem se gosta.

Um momento de paz.

Não precisa mais.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Just Let Go

Estava tentando traduzir a expressão que dá título a este post. Let go. Pensei em expressões similares como "Abra mão", "Deixe ir", "Deixe partir". Ela acaba sempre dando uma ideia de desprendimento, de deixar que algo se afaste e vá, ou mesmo que você se entregue a algo como em Let yourself go. Não, este post não é uma aulinha sobre expressões idiomáticas. O que me interessa em Let go é justo essa idéia do desprendimento.

Pense, "Abra mão", "Deixe ir", "Deixe partir"", "Entregue-se". Muitas vezes só de pensar no que elas representam já dá medo. Como é que a gente abre mão de algo? Como é que a gente deixa algo ou alguém partir, como é que a gente se entrega? A questão é que essa expressãozinha em inglês sintetiza o medo da gente de mudar. A gente tem um apego tão grande às coisas que é assustador.

Ser parte de algo, preservar algo ou a relação com alguém são coisas boas. Cultivar a memória, eu acho bom e importante. Mas olhe para os seus outros apegos.

Quando foi a ultima vez que você trocou de corte de cabelo?
Quando foi a ultima vez que você pediu um sabor diferente de pizza?
Você já conseguiu se livrar daquele vestido velho de 10 anos atrás que você achava que um dia ainda ia usar?
Você diz querer que seus filhos cresçam e sejam independentes, mas parou de controlar cada passo que eles dão com medo de perder seu lugar na vida deles?
Você está se sentindo mal no emprego que tem, mas está disposto a passar pelo estresse que é ter que aprender tudo de novo?
Você deixou de se aventurar em alguma situação com medo de parecer ridículo?
Quantas vezes você olhou pra trás cheio de saudosismo e disse, "Ah, naquele tempo..."

E o apego às emoções? Esse pra mim é o pior. A gente chega mesmo a ser viciado em certas emoções ou sentimentos, não sei qual seria o melhor termo, mas e o apego ao medo, ao ciume, à raiva, à baixa auto-estima... Você está se defendendo de que? E o apego aquele "amor" que você sente pelo mundo? Um mundo pelo qual você dedica tudo, mas de quem não recebe nada em troca? Coitado de você! Eu conheço uma pessoa assim, e dá dó ver como ela se escraviza.

Eu estou falando pra você que é errado ter raizes e referências? Que a gente tem que sair por aí vivendo loucamente e experimentando de tudo? Não, afinal a gente é a soma do que viveu, a gente precisa de uma noção de quem é.

A questão é, você está vivendo onde? Neste mundo ou no passado? Ou num mundo que você criou pra se proteger? Você está ganhando o que com isso? O que você vai contar para os seus netos?

Avalie os seus apegos, abra espaço para emoções novas, abra -se para o novo, nem que seja pra poder dizer que é da pizza de mussarela mesmo que você gosta.

Dê-se a chance. Just let go.

domingo, 25 de abril de 2010

Falar

 
Falar é completamente fácil
quando se têm palavras em mente
que expressem sua opinião.

Difícil é expressar por gestos e atitudes
o que realmente queremos dizer,
o quanto queremos dizer,
antes que a pessoa se vá.

Carlos Drummond de Andrade