segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Da Sanidade

Ontem aconteceu uma situação engraçada e que me fez pensar sobre essa coisa toda da loucura. Tive uma briga daquelas com meu love, gritaria, ofensas, coisas jogadas, portas batidas e muito choro. Um momento de total falta de controle, falta de racionalidade. Mas do mesmo jeito que nos descabelamos, acabamos em beijos e prometendo que tudo ia ser diferente dali pra frente e nada daquilo ia acontecer de novo. Pelo menos até a proxima briga. Mas enfim, após esses momentos pós estresse, nada como um pouco da serotonina fornecida por uma dose cavalar de açúcar. Um Top Sundae do Mc Donald's que foi premiado com uma dose extra de calda de caramelo, porque afinal não era aquele o sabor que eu tinha pedido, foi a vítima. Domingão quente, não tinhamos onde sentar e acabamos sentando numa muretinha do lado de fora do restaurante.

Felizes e contentes saboreávamos nosso manjar, quando um desses mendigos meio doidos se aproximou de nós com uma pasta amarela e um monte de folhas de sulfite na mão. Ele nos estendeu uma delas onde estava escrita aquela mensagem clássica do tipo, "Estou pedindo dinheiro". Mas esse mendigo não era comum. Primeiro, em sua mensagem ele se identificou por "Meu nome é Fulano de Tal, sou filho de Fulana e estou pedindo dinheiro." Ou seja era um doido com nome e sobrenome e que tinha mãe. Como haviamos saido sem bolsa, só com o dinheiro do sorvete, "ficamos devendo". O engraçado é que ele, alheio a nossas explicações, rabiscava com uma caneta Bic preta numa de suas folhas de sulfite. Terminado seu trabalho e pouco preocupado com o dinheiro, ele me estendeu a folha com um desenho. Não era um desenho de uma pessoa abobada. Era o desenho de um vaso com 4 flores Miró style. Fiquei olhando pra ele e agradeci pelo trabalho que sugeri que ele assinasse. Ele se recusou e disse que não precisava assinar não. Depois fiquei pensando se ele sabia escrever mesmo.

O que me pareceu curioso foi a criatividade de nosso amigo da pasta amarela, e a sua aparente satisfação de presentear as pessoas com seus desenhos. Ele, claro, estava sujo e fedia, mas suas folhas de sulfite estavam impecavelmente limpas e sem nenhum amassado. Seu semblante era tranquilo e após ter entregue seu trabalho, ele nos deixou e sumiu, simplesmente sumiu.

A gente vive lutando pra manter a sanidade, vai fazer terapia, yoga, meditação, ginástica, lê "O segredo". Mas a grande maioria das pessoas vive no limiar da loucura, basta ver as reações dos motoristas no transito, em uma fila que não anda ou numa briga de casal. Outro dia mesmo, eu estava no shopping numa fila, e de repente BUM! Um homem atirou seu celular no chão despedaçando o pobrezinho, e simplesmente saiu andando. Deve ter sido uma briga de casal porque uma mulher saiu atrás do tal homem. Mas ninguém ouviu nada, viu nada. Em outra ocasião parada no transito da marginal Tietê, vi um homem sair de seu carro e simplesmente acertar um soco na cara da motorista (sim era mulher) do carro de trás.

Eu não estou falando de pai que joga o filho pela janela, nada de extremo, estou falando de situações normais, de pessoas que trabalham com a gente, vivem com a gente, mas que num momento de fúria são capazes de agredir, ofender, arriscar a própria vida. Enquanto isso, nosso amigo doido, distribui suas flores de papel em troca de umas moedas ou simplesmente pelo prazer de dividir seu "trabalho".

Acho que está na hora de repensarmos nossos conceitos e preconceitos.

Tati

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

O Ano é Novo de Novo

E o ano é novo de novo.

Me assustei nas ultimas semanas ao me dar conta que, sim, 2008 estava no fim. 2008 que começou cheio de esperança, foi um ano de novos caminhos, decepções, um fim dificil, mas acabou cheio de determinação e renovação das esperanças. Como sempre.

Esperança é um sentimento engraçado. Até irracional eu acho. Mas sem o qual a gente não consegue viver. O homem vive na esperança do recomeço, na esperança de que tudo agora vai dar certo, que o sofrimento acabou. A gente sabe que não acaba, mas a gente tem esperança. Interiormente sabemos que o verão não dura pra sempre, da mesma forma que não dura o inverno, mas ainda assim esperamos vir a ser como aqueles passaros que migram para o sul no inverno do hemisfério norte, ou dormir na época de privações como os ursos. Seria bom podermos migrar do tempo de sofrimento para a felicidade sem fim? Parece uma ideia atraente, mas eu duvido que o ser humano conseguisse viver assim. Gente é um bicho estranho, vê beleza na dor. É um prazer masoquista, recompensado pelo alivio do fim do sofrimento. Pelo menos por um tempo.

Tudo o que eu sei é que parar de sofrer é uma decisão das mais dificeis na vida de uma pessoa. A pessoa está gorda e deprimida, com baixa auto-estima, pressão alta, mas não faz dieta. A mulher apanha do marido, mas não larga o desgraçado por medo da solidão. O emprego tá uma droga, você se sente pisado e diminuido pelo chefe, ou pelos colegas, ou não tem satisfação no que faz, mas não procura alternativas porque o mercado tá dificil, os salarios são baixos... É uma tal inércia, mas vem o ano novo e você renova a esperança de mudar isso e segue vivendo. Uma minoria das pessoas consegue fazer o que se propôs, e são admiradas pela sua "força". Já a maioria vai deixando pra amanhã, até que o final do ano se aproxime e quando ela estiver perdendo a energia, vai pular sete ondas e se recarregar de novo.

Eu também tenho esperanças pra esse ano. Espero passar para o time dor "fortes", fazer com que a vida volte a ter um ciclo de altos e baixos no mínimo iguais, não só, ou predominantemente, baixos. Eu espero voltar a viver em harmonia comigo mesma, e com as pessoas que eu amo. Eu espero não mais me entregar à chantagem do medo. Do medo da velhice, do medo da solidão, do medo da falta de amor. Eu espero perder a barriga, também!

Seja lá o que for a coisa que você tiver se prometido, não deixe pro próximo ano. O tempo está passando rápido demais pra gente deixar que o inverno prevaleça.

Este texto é de mim para mim mesma.

Tati

P.S. só pra explicar, as aspas nas palavras força e forte, são porque eu não acho que sejam tal coisa, pra mim a tal de força neste caso chama-se vontade.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Lira do amor romântico _ Drummond

Atirei um limão n’água e fiquei vendo na margem.
Os peixinhos responderam:Quem tem amor tem coragem.
Atirei um limão n’água e caiu enviesado.
Ouvi um peixe dizer:Melhor é o beijo roubado.
Atirei um limão n’água, como faço todo ano.
Senti que os peixes diziam:Todo amor vive de engano.
Atirei um limão n’água,como um vidro de perfume.
Em coro os peixes disseram:Joga fora teu ciúme.
Atirei um limão n’águamas perdi a direção.
Os peixes, rindo, notaram: Quanto dói uma paixão!
Atirei um limão n’água, ele afundou um barquinho.
Não se espantaram os peixes: faltava-me o teu carinho.
Atirei um limão n’água, o rio logo amargou.
Os peixinhos repetiram:É dor de quem muito amou.
Atirei um limão n’água, o rio ficou vermelho e cada peixinho viu meu coração num espelho.
Atirei um limão n’água mas depois me arrependi.
Cada peixinho assustado me lembra o que já sofri.
Atirei um limão n’água, antes não tivesse feito.
Os peixinhos me acusaram de amar com falta de jeito.
Atirei um limão n’água, fez-se logo um burburinho.
Nenhum peixe me avisou da pedra no meu caminho.
Atirei um limão n’água, de tão baixo ele boiou.
Comenta o peixe mais velho:Infeliz quem não amou.
Atirei um limão n’água,antes atirasse a vida.Iria viver com os peixesa minh’alma dolorida.
Atirei um limão n’água, pedindo à água que o arraste.
Até os peixes choraram porque tu me abandonaste.
Atirei um limão n’água.
Foi tamanho o rebuliço que os peixinhos protestaram: Se é amor, deixa disso.
Atirei um limão n’água, não fez o menor ruído.
Se os peixes nada disseram,tu me terás esquecido?
Atirei um limão n’água, caiu certeiro: zás-trás.
Bem me avisou um peixinho:Fui passado pra trás.
Atirei um limão n’água, de clara ficou escura.
Até os peixes já sabem:você não ama: tortura.
Atirei um limão n’água e caí n’água também, pois os peixes me avisaram, que lá estava meu bem. Atirei um limão n’água, foi levado na corrente.
Senti que os peixes diziam:Hás de amar eternamente.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Te proponho

Te proponho um amor incomum. Um amor de noites quentes, mesmo que frias. Um amor inspirado de poesia, fotografia e musica. Um amor de discussões violentas e pazes ardentes.
Te proponho vivamos mais dias de sol e noites enluaradas. Que escutemos o barulho do mar batendo na praia mais noites e acordemos cedo com os passaros, só pra agradecer ao sol e voltar a dormir.Te proponho que assistamos mais filmes, leiamos mais livros e travemos mais debates "meio intelectuais, meio de esquerda". Que comamos mais calorias e façamos mais esportes.
Te proponho o que dá na telha.Te proponho que nos critiquemos sem piedade, e nos apoiemos em todos os momentos. Que tenhamos coragem de deixar de ser egoistas e medrosos. Te proponho viver com carinho. Te proponho viver como se fosse pra sempre, por que a gente corre o risco que seja. Mas nem por isso adiar nada. Te proponho que não nos arrependamos do que arriscamos até aqui, e se chegamos até aqui, que valha a pena o que está por vir. Te proponho que vivamos a vida, sabendo que ela acaba e nossa paralisia frente ao medo só nos tem feito perder o pouco tempo que resta.Te proponho vivamos com menos medo do futuro ou do fim, pra que se um dia ele chegar, tenhamos nos dado a chance de ser felizes e não fiquemos tristes por não ter vivido o que queriamos.

Tati

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

De O Guardador de Rebanhos - Alberto Caeiro

XLV

Um renque de árvores lá longe, lá para a encosta.
Mas o que é um renque de árvores? Há árvores apenas.
Renque e o plural árvores não são cousas, são nomes.
Tristes das almas humanas, que põem tudo em ordem,
Que traçam linhas de cousa a cousa,
Que põem letreiros com nomes nas árvores absolutamente reais,
E desenham paralelos de latitude e longitude
Sobre a própria terra inocente e mais verde e florida do que isso!

XLII

Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia.
Assim é a acção humana pelo mundo fora.
Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos;
E o sol é sempre pontual todos os dias.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sobre a manada

Estou impressionada com o que está acontecendo com os mercados. Mais impressionada ainda com a maneira com que as pessoas se comportam frente a tudo o que está acontecendo. Eu não entendo bem sobre os motivos economicos por trás de toda esta crise financeira, bom, na verdade até entendo, mas é uma explicação que dá preguiça...

O que mais me chama atenção é este tal de efeito manada, quando os operadores compram ou se desfazem em massa de um determinado bônus ou ação. Se os efeitos ficassem só alí no mercado financeiro, tudo bem, tem mais gente especulando do que empresas fazendo aporte de capital. Mas o que me preocupa é quando esse movimento chega lá embaixo onde habitamos nós, o povão.

Eu, o povo, escuto falar que a bolsa despencou, que vem uma crise por aí, que vem recessão, aí eu fico com medo de perder meu emprego e começo a querer juntar dinheiro, porque me endividar pode ser perigoso. Aí eu reduzo meu consumo, as empresas vendem menos, reduzem a produção, cortam empregos, e assim vai. É recessão mesmo. Haja visto o que está acontecendo nos Estados Unidos. O maior medo dos "investidores" atualmente é ver que o consumo interno americano se reduziu.

Me lembro de nos idos de 1992, tempos de inflação galopante, eu, estudante de graduação na USP, assisti a uma palestra do Eduardo Ganetti onde ele explicava sobre como nossa memória inflacionária alimentava a própria inflação. Sobre como ao criar mecanismos para nos defendermos da inflação, tipo os gatilhos salariais, os indexadores, a própria sociedade alimentava a escalada dos preços. Achei aquilo tão interessante, tão diferente do que eu tinha aprendido sobre oferta e demanda nas minhas aulas de economia, que não esqueci nunca.

A sensação que tenho é que o razão se perdeu faz tempo. As coisas funcionam muito mais baseadas em mecanismos psicológicos do que em modelos matemáticos, científicos, racionais. Parece que o coitado do projeto iluminista se perdeu faz tempo. E viva Freud!

Tati Sister

Pra quem quiser ler mais sobre o tema os links abaixo são interessantes. Este primeiro traz um artigo retirado do jornal Valor Econômico.
http://financascomportamentais.blogspot.com/2008/02/crise-e-finanas-comportamentais.html

http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2007/marco-2007/a-origem-do-efeito-manada/

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Formiga

Sentada à mesa da sala de jantar do meu apartamento numa manhã fria de inverno, saboreava uma xícara de café enquanto lia A Arte de Amar de Erich Fromm. Sempre gostei de meditar a respeito do amor e sua influência na minha vida. As pessoas tendem a se concentrar no amor romantico, mas se pode amar a tudo e a todos, o que é um sentimento bem raro.
Eis que surgiu caminhando pela minha pagina 35 uma formiga. Como se faz com as formigas, meu impulso foi esmagá-la, jogá-la pra longe porque, afinal, meu livro nao é lugar de formiga. Mas tive pena. Parei e fiquei observando seu caminhar pela página.
Para frente, para os lados, com seu corpinho vermelho e suas antenas agitadas ela procurava alguma coisa. Ao chegar à margem do livro parou, como que notando um abismo, e recuou dando voltas, procurando seu rastro.
Nao matei a formiga, amei aquele bichinho que veio me fazer companhia e que me lembrou como somos parecidas. Me vi caminhando assim, tonta, buscando meu proprio rastro. E assim como a formiga, que sumiu quando fui buscar outra xícara de café, eu também vou sumir um dia, sem deixar rastro.
O que me resta então senão amar? Amar a pessoa amada, a minha família, meus amigos, o meu cão, a minha casa, as pessoas, o trabalho, o dia, o sol, a chuva, o frio, o calor, o bom e o ruim. Amar pois só o amor faz da vida uma experiência humana, faz as pessoas sentirem o bem e quererem se aproximar de Deus.
Sigo então buscando o amor, pois como diz o ditado popular "" Só o amor constrói"e mesmo sendo só formiga, ainda pretendo ser gente.

(Tati Sister)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

CIUME PATOLÓGICO

Talvez extremo, mas interessante...

Em questões de ciúme, a linha divisória entre imaginação, fantasia, crença e certeza freqüentemente se torna vaga e imprecisa. No ciúme as dúvidas podem se transformar em idéias supervalorizadas ou francamente delirantes. Depois das idéias de ciúme, a pessoa é compelida à verificação compulsória de suas dúvidas. O(a) ciumento(a) verifica se a pessoa está onde e com quem disse que estaria, abre correspondências, ouve telefonemas, examina bolsos, bolsas, carteiras, recibos, roupas íntimas, segue o companheiro(a), contrata detetives particulares, etc. Toda essa tentativa de aliviar sentimentos, além de reconhecidamente ridícula até pelo próprio ciumento, não ameniza o mal estar da dúvida.

Entre absurdos e ridículos, há o caso de uma paciente portadora de Ciúme Patológico que marcava o pênis do marido assinando-o no início do dia com uma caneta e verificava a marca desse sinal no final do dia (Wright, 1994). Mais absurda ainda é a história de outro paciente, com ciúme obsessivo, que chegava a examinar as fezes da namorada, procurando possíveis restos de bilhetes engolidos (Torres, 1999).

Os ciumentos estão em constante busca de evidências e confissões que confirmem suas suspeitas mas, ainda que confirmada pelo(a) companheiro(a), essa inquisição permanente traz mais dúvidas ainda ao invés de paz. Depois da capitulação, a confissão do companheiro(a) nunca é suficientemente detalhada ou fidedigna e tudo volta à torturante inquisição anterior.
Os portadores de Ciúme Patológico comumente realizam visitas ou telefonemas de surpresa em casa ou no trabalho para confirmar suas suspeitas. Os companheiros(as) desses pacientes vivem dissimulando elogios e presentes recebidos ou omitindo fatos e informações na tentativa de minimizar os graves problemas de ciúme, mas geralmente agravam ainda mais.

O que aparece no Ciúme Patológico é um grande desejo de controle total sobre os sentimentos e comportamentos do companheiro(a). Há ainda preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores, as quais podem ocorrer como pensamentos repetitivos, imagens intrusivas e ruminações sem fim sobre fatos passados e seus detalhes.

O Ciúme Patológico é um problema importante para a psiquiatria, que envolve riscos e sofrimentos, podendo ocorrer em diversos transtornos mentais. Na psicopatologia o ciúme pode se apresentar de formas distintas, tais como idéias obsessivas, idéias prevalentes ou idéias delirantes sobre a infidelidade. No Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), o ciúme surge como uma obsessão, normalmente associada a rituais de verificação.

E continua em http://gballone.sites.uol.com.br/voce/ciume.html

Ridículos Humanos I

“ Oi, amor.” Um beijo.
“ Oi.”
“ Tudo bem?”
“ Tudo...”
“ Nossa que entusiasmo...”
“ A gente precisa conversar.”
“ Sobre?”
“ Sobre nós.”
“ Sobre nós? Por quê? Algum problema?”
“ Por quê? Você não quer conversar?” Ironia.
“ Como assim, não quero conversar? Você nem me falou sobre o que quer falar!”
“ É, você sempre evita as nossas conversas.”
“ To aqui, ué! Fala!”
“ Tenho pensado muito.”
“ Sei.”
“ E acho que não dá pra continuar.”
“ Que conversa é essa?”
“ É, não confio em você. Eu sei que você mente pra mim.”
“ Minto sobre o quê? O que foi agora?” irritação
“ A gente ta conversando, já vai se descontrolar?”
“ Tô de boca fechada, basta você me explicar que papo é esse!”
“ É isso, eu não confio em você e eu preciso confiar pra me entregar na relação. Mas não adianta falar que você não entende!”
“ Não entendo mesmo!”
“ Você me esconde coisas! Eu sei a verdade!”
“ Verdade? Mas que verdade? Pelo amor de Deus!”
“ Você ta me traindo!”
“ Tá louca? Eu te traindo? A gente ta junto o tempo todo!”
“ Não adianta mentir, ela me disse?”
“ Ela quem, ser humano?”
“ Minha taróloga!”
“ Pronto! Era o que me faltava!”
“ Ela não erra nunca, e analisando bem seu comportamento recente, esse seu descontrole, tá claro que ela tá certa!”
“ Como você quer que eu não me descontrole? Você julga quem eu sou por conta de cada coisa! Por quê você tem tanta dificuldade em aceitar o simples fato de que eu te amo?”
“ Não usa essa frase, é muito forte...”
“Ah, cala a boca!”
“ Nossa como você é grosso! Vai começar a gritar comigo agora? Vai perder o respeito?”
“ Ah, tá! Você é a pessoa mais indicada no mundo pra falar em respeito. Tá certo!”
“ Você sempre faz as coisas pra me afrontar!”
“ O quê?”
“ É isso mesmo! Por quê você não pára de falar com seu melhor amigo? Eu sei que ele não gosta de mim! Eu te peço, e ainda assim, você faz o quê? Vai jogar bola com ele!”
“ Eu jogo bola tem 12 anos, como eu posso fazer isso pra te afrontar?”
“ Não é possível que não seja pra me afrontar!”
“ Sem comentários.”
“ E eu até sei quem é a vagabunda.”
“ Que vagabunda?”
“ Você tá me escutando?”
“ Ah é, esqueci que eu te traio!”
“ Ah! Ta irônico, é? Eu vi as mensagens no seu orkut!”
“ Meu amor, pode ter certeza de que se eu fosse te trair, não ficaria anunciado no orkut!”
“ Tá vendo como você é mal intencionado? Já até sabe o que fazer?”
“ Mulher, você tá com algum problema?”
“ Você é o meu problema! Suas mentiras, seu egoísmo, essa droga do seu cachorro que engravidou a minha Vidinha! Eu não tenho mais amigos, nem emprego! Não agüento mais! Pensa que eu não sei que você me acha gorda?”
“ Tá de TPM?”
“ Tô!” chorosa.
“ Quer um chocolate?”
“ Quero um Talento verde.”
“ Tá aqui, pronto. Te amo cabeçuda.”
“Eu também te amo.”
E viveram felizes por mais 3 semanas.
(Tati Sister)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Vai 2007...

SOBREVIVI!! Isto é tudo o que tenho a dizer sobre 2007! Ano dificil, até o ultimo dia! Mudanças demais pra serem absorvidas em tão pouco tempo. Exaustão! Mas sementes de crescimento plantadas também. Novos caminhos profissionais, novos amigos, novas emoções pro coração, e infelizmente alguns kilos a mais (que sumirão em breve!)
Obrigado ao homem lá de cima porque sei que sem tudo o que sofri este ano, eu não teria aprendido tanto. Obrigado a quem sofreu comigo e a quem teve paciência de me escutar.
Obrigado a tudo e a todos.
Feliz 2008!