segunda-feira, 19 de abril de 2010

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" Todo amor é eterno.
Se não é eterno, não era amor."
Nelson Rodrigues

domingo, 18 de abril de 2010

Ser Feliz ou ter Razão

É uma coisa engraçada, a gente vive em busca de gurus, filosofos, livros de auto ajuda, mas é curioso como o que a gente precisa saber, está sempre a nosso alcance, a gente é que não enxerga. Meu irmão hoje discutia com a namorada o que o mestre do Kung-Fu Panda (sim o desenho) estava querendo dizer em uma determinada cena. Numa outra ocasião uma outra amiga ficou repensando seu comportamento depois de assitir à comédia Sim, Senhor (Yes Man) com o Jim Carrey e se perguntava se ela mesma não havia virado uma pessoa que havia se fechado para a vida e se não deveria aprender a dizer sim. Do mesmo modo que eu, alguns dias atrás fiquei fazendo uma reflexão depois de ver um filme.

Pode ser num filme, pode ser numa música, pode ser num livro, numa conversa com amigos, até mesmo com a ajuda dos gurus, a "verdade", e uso aspas porque ela é diferente para cada um, está sempre alí, na nossa cara, e a gente não enxerga. Bom, pelo menos até estar pronto para ela.

Uma verdade me arrebatou esta semana. Esta vozinha dentro de mim disse, "Se uma coisa não traz felicidade, ela não vale a pena." Caramba! Parece pouco? Não é! É essencial. É forte. Se uma coisa não traz felicidade, ela não vale a pena.

Pare e repare quantas coisas você faz que não te deixam feliz? Quantas vezes você faz as coisas porque alguém te falou que aquilo era bom, que aquilo era o certo? Quantas vezes você abaixou a cabeça com medo da rejeição de alguém e acabou se sentindo pior do que se tivesse sido realmente rejeitado porque aquilo, no final do dia, não mudou a opinião daquela pessoa a seu respeito.

Pior, quantas lutas você trava por coisas que não vão te trazer felicidade? Entra numa discussão que não vai levar a lugar nenhum, ou sucumbe a suas próprias fraquezas, ao seu medo, a seu egoismo para defender um ponto de vista que pode não estar certo também?

Não, a felicidade não vem fácil, a gente tem que saber ceder, tem que saber valorizar o que tem, tem que saber perdoar os próprios erros e os erros dos outros também. Principalmente a gente tem que ter coragem. Coragem pra largar aquilo com que está acostumado e que, apesar de fazer a gente sofrer, não abandona porque acha que a vida é assim mesmo.

Não, a vida não é assim mesmo.

Parafraseando o poeta, "Nada vale a pena se a felicidade é pequena!"

sábado, 17 de abril de 2010

Um Outro Olhar

Tem horas que uma imagem diz mais que ml palavras, não é o que se diz?

Desde jovenzinha, e digo jovenzinha mesmo, lá pelos 13, 14 anos, eu sinto atração pela fotografia. Meu pai tinha uma câmera Yashica de plástico azul daquelas que a gente vira o filme com o polegar pra bater a foto, e que foi meu primeiro instrumento de experimentação. O que era um hobby caro, passou a ser uma forma bem mais acessível de expressão com a chegada das câmeras digitais. E a partir de hoje vou compartilhá-la um pouco aqui também.

Eu tenho interesse especialmente por paisagens urbanas, estruturas de aço e concreto, imagens que demonstrem o impacto do tempo e que tenham textura basicamente. Me interessa também a imagem dos momentos comuns de pessoas comuns. Não costumo retocar minhas fotos, de forma que podem haver fotos de má qualidade técnica, mas pra mim, o que importa é registrar o momento.

Mais das minhas fotos podem ser vistas no link http://br.olhares.com/tatisister

Hope you enjoy it.

Tati


segunda-feira, 12 de abril de 2010

About Julie & Julia

Este final de semana assisti o filme Julie e Julia. O filme, dirigido por Nora Ephron traz Meryl Streep e Amy Adams nos papéis de Julia Child e Julie Powell. Segundo diz a sinopse, o filme é baseado em duas histórias reais. Ele conta a história de duas mulheres que em períodos e lugares diferentes, encontram na culinária uma das suas grandes motivações na vida. O site do filme o classifica como um filme sobre amor, esperança e inspiração.

Amei o filme. Amei especialmente por ver a história de duas pessoas vivendo uma paixão. Não só paixão amorosa - ambas eram muito bem casadas - mas paixão por algo. Julie, a mais jovem, chegando aos 30anos, se vê naquela tipica crise do, "caramba o que eu fiz até agora?" . Aquela crise que quem tem mais de 30 anos conhece bem, quando você não tem mais a desculpa da juventude pra justificar seus fracassos e a vida adulta se tornou irrevogável.

Para lidar com esse período e encontrar uma motivação na vida, Julie resolve fazer duas coisas que ama, cozinhar e escrever. No caso ela se propõe um desafio : fazer todas as receitas do livro de culinária de Julia Child em um ano, e escrever a respeito disto em um blog. É bem legal.

Eu que estou a três anos de chegar aos 40 (ai que medo me dá este número), fiquei pensando. Será que estas crises passam, pra começo de conversa, ou a gente tem uma a cada década? Depois fiquei aqui me questionando onde está aquele entusiasmo das personagens por algo? Se eu quisesse me propor um desafio como o das personagens do filme, qual seria?

Enfim, o que me ficou na cabeça foi, quantas pessoas são realmente capazes de dizer do que gostam? Quantas pessoas conhecem tão bem o que as faria pular da cama da manhã cheias de entusiasmo? O que eu vejo ao redor são as pessoas cumprindo tarefas que não as preenche verdadeiramente. A gente até gosta do trabalho às vezes, como as bem sucedidas amigas de Julie no filme, mas muitas vezes a satisfação que as pessoas conseguem em um emprego cessa com o contrato de trabalho. E aí?

Minha questão é, você sabe do que é feito? Você sabe onde fica o pote de ouro no fim do seu arco-iris? Já parou pra analisar suas motivações e o por que você faz as coisas como faz?

Talvez seja hora de levantar estas questões. As histórias do filme são reais. Can you do as well?

Boa reflexão.

P.S. o filme é puro e delicioso entretenimento e parece que já está disponivel em DVD. Basta googar o titulo pra saber mais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Quer saber?

É melhor ser alegre que ser triste.

Hoje eu acordei me sentindo bem. Sem motivo nenhum. Simplesmente acordei bem. Hoje pela manha eu senti que nao tinha motivos pra ser triste. E comecei bem o dia.

Ai me perguntei qual a nossa natureza. Somos naturalmente alegres ou tristes?

Com o passar do dia, o mood voltou aos patamares normais. Nem alegre nem triste. E de novo me perguntei. Somos naturalmente alegres ou tristes?

Sei lá. O que eu sei é que "é melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe..."

domingo, 4 de abril de 2010

Aceitar o quê?

Uma vez eu li que estar apaixonado faz a gente ver só o melhor no outro. Talvez sim. E se a pessoa não conseguir ver o melhor no outro? O que isso quer dizer? Que ela não está apaixonada?

Meu irmão, comentando sobre seu próprio namoro me falou uma coisa que me fez pensar. Segundo ele "esse negócio de aceitação não existe. Ninguém aceita o outro como é. O que a gente faz é tolerar. Os dois têm que saber contemporizar. Têm que ceder."

Se nem a mãe da gente aceita a gente como é, se nem a gente se aceita como é, acho que ele tem razão. O que será que isso quer dizer? Será que adianta tentar "agradar" a uma outra pessoa?

Pois é, pelo jeito a vida era mais fácil quando os casamentos eram arranjados e feitos por conveniência. A gente hoje casa por amor, graças a Deus, mas vive inseguro.

Amor é uma coisa maravilhosa de se sentir. Que alegria, que beleza, que cores no mundo. Mas relacionamentos são tão complicados...

domingo, 28 de março de 2010

Ansiedade

De repente parece que você está jogando futebol em Quito, o ar rarefeito, o coração disparado. Ao mesmo tempo, uma eletricidade roda pelo corpo. Você não consegue ficar sentado, a cabeça a mil, difícil de se concentrar. Você precisa fazer alguma coisa. Precisa falar, correr, mas se vê impedido. Uma angústia grande te consome. Você fica irritado. Briga, chora.

Muitos são os males modernos. Ansiedade é um deles.

A ansiedade nasceu para ser um sinal de alerta e nos preparar para uma possivel situação de perigo e tomar atitudes necessárias para lidar com a ameaça. Mas isso é na biologia!

A psicóloga Olga Tessari, explica em seu site que ansiedade é gerada pelo choque de exigencias conflitantes, pela mania de perfeição, por não querer magoar os outros, por medo das críticas, medo de errar, por preocupações excessivas entre outras coisas. Os disturbios de Ansiedade passam pela ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou por problemas médicos, disturbio do pânico, disturbios fóbicos e transtorno obsessivo compulsivo.

Segundo o Dr Antonio Egidio Nardi, no disturbio de ansiedade generalizada a ansiedade e a preocupação são intensas e de dificil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como saúde, dinheiro, relacionamentos...

Por que eu estou escrevendo sobre isso? Porque sempre fui ansiosa, e as pessoas sempre me olharam de cara feia por isso, "ai como você é irriquieta, não consegue ficar parada". Como se eu não quisesse ficar parada, olhando para o nada, despreocupada. E como é dificil controlar seu ataque. Se ela vem acompanhada de um medo, de repente eu choro e ponto, ligo pra alguém que gosta de mim pra me acalmar.

No trabalho acontecem umas ansiedades boas até. Um monte de energia aplicada num trabalho que me dava prazer me ajudou a passar pela primeira fase de uma separação muito dificil.

Tenho andado num momento de extrema ansiedade. Ansiedade causada por um medo decorrente de uma situação de incerteza e por me sentir impedida de expressar sentimentos. Tem sido extremamente doloroso.

Mas assim é. A gente vai tentando lidar. Terapia, atividade física, acupuntura, meditação. chorar, gritar. Tentar controlar as reações às fontes de ansiedade. Se seu caso demandar, medicação também. Nunca foi meu caso.

Ansiosos do mundo, canalizai toda esta energia, ou ela vos consumirá, e do ladinho dela, te espera a depressão. Isto se ela já não estiver instalada.

Mas aí o problema fica para outro post.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Human

how much?
how long?
why?
why does
it hurt
so much
for so long?

Why aren´t I that strong?
that focused?
that admirable?
Why am I so human?
so dependent
so insecure
so lost

Why aren´t I
like my internet profile?
Carefully thought
Planned
Flawless

The perfect hair
The perfect light
The superior feelings
Hobbies and habits

I dont need no touches
I´d rather look bad
and have a chance
to feel
to be human
and burn
and live through

Never trust a perfect person
Those never get fixed

segunda-feira, 8 de março de 2010

Enforcada nas cordas da Liberdade

Acabei de ler um texto muito bacana da jornalista Eliane Brum no site da revista Época. Nele, Eliane conta sobre a expectativa que está passando ao decidir deixar uma vida certa e segura para se aventurar em seu sonho de escrever. Adorei a expressão que ela usou de que decidiu se " enforcar nas cordas da liberdade".

No texto Eliane traduz sua liberdade como ter tempo. Tempo para fazer o que quiser, quando quiser. Sim, ter tempo é um sonho de liberdade. Tempo para aproveitar a vida, fazer o que gosta, estar com quem se ama. Ela fala também sobre a realização de um sonho. Um sonho de infância traduzido na escrivanhinha Xerife que comprou e que parece ser o pré-requisito necessário para tornar-se escritora.


A gente acha que vai ser livre se tiver tempo. Se tiver dinheiro. Se sair daquele emprego sufocante. Se largar aquele relacionamento que já não dá certo. Se sair debaixo das asas dos pais. Se viajar o mundo. Se comprar uma motocicleta. Se for para a praia surfar todos os finais de semana.

Liberdade. Que palavrinha mais interessante. Todo mundo a deseja, mas pouca gente sabe o que realmente ela significa, no que implica, ou sequer está preparado para ela. Não, eu também não sei o que é essa tal de liberdade. Tenho minhas teorias e traduções para ela, mas ainda não cheguei ao meu formato final. Nem acho que este formato exista, ou seja fixo. Já me senti muito livre estando presa no emprego, num relacionamento, nos horários. E muito presa estando livre, também.

Achei o texto da Eliane Brum gostoso de ler. Me deu vontade de revisitar minhas coisas e colocar tudo o que é velho de lado. Me fez começar a pensar no que EU traduzo como liberdade. Porque no final. O que a gente acha é o que conta.

Tatiana

O texto completo chamado "Escrivaninha Xerife" está disponível no site da Revista Época