sábado, 23 de julho de 2011

Expectativa pra quê?

Dizem os budistas que a grande fonte de sofrimento no mundo é o desejo. Mas tem outra coisa que deve estar relacionada a idéia de desejo e que também atrapalha a vida, a expectativa.

Nas aulas de marketing eu ensino aos meus alunos a importância de se gerir adequadamente as expectativas dos clientes. Pelo uso das ferramentas de marketing devemos tentar ajustar a expectativas deles à realidade, ou até um pouco abaixo do nosso nível de serviço, se possível. Expectativas altas tendem a ser quase sempre frustradas pela realidade. Se são muito baixas, você corre o risco de não conseguir vender o produto. Expectativas superadas resultam em encantamento do cliente e, voilá, a mágica foi feita.

Na vida a coisa tende a ser assim também, a gente espera muito de uma situação, de alguém e se decepciona. Aí a gente resolve que não vai esperar nada de nada e acaba paralisado pela falta de vontade de investir tempo e esforço pra ver algo acontecer.

É um equilibrio difícil de se conquistar quando o que estamos tentando fazer é balancear as nossas próprias expectativas com relação à vida e seus acontecimentos. Eu mesma acho que sou um fracasso neste sentido porque quase sempre me deixo levar pelo entusiasmo e minhas expectativas tendem a subir mais que a realidade. Algum nível de decepção acaba sendo inevitável.

O mais engraçado é que a gente tende a ver os realistas como pessoas pessimistas. E os otimistas como sonhadores. Quantas vezes você não ouviu a frase, " Eu não sou pessimista, sou realista!"

Como ser realista sem ser um tanto pessimista? I don´t know.

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