quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Será culpa de Hollywood?


Na escola aprendemos na aula de filosofia que nós seres humanos somos seres sociais, que fomos feitos para viver em grupos. Não se pode negar que nossas relações humanas tomam muito tempo de nossa energia, seja física ou psíquica. As relações amorosas, então, nem se fala. São “O” motivo pra muitos papos, discussões e desabafos.
Nas ultimas semanas especialmente, tenho ouvido muito meus amigos discutirem a respeito. Pessoas queridas com relacionamentos de mais de uma década se separaram. Eu mesma passei por este processo alguns poucos anos atrás e o papo sempre vai pro “O que foi que deu errado?”. Tem gente que acha que é a convivência e os problemas diários que acabam com a relação. Tem outras que acham que é a falta de respeito do outro para com a nossa individualidade. Culpa-se a falta de dinheiro, a rotina, as diferenças de gostos e pontos de vista, a natureza pouco monogâmica do ser humano, a falta de tesão e por aí vai. Sempre há um motivo. Mas será que não somos nós mesmos o motivo? Nossa incapacidade de enfrentar as dificuldades, de dialogar, de ceder também?
Eu olho para meus pais casados há 40 anos. Lembro dos momentos de crise que pude presenciar, da falta de dinheiro, da desconfiança, das brigas, mas quando vejo os dois hoje, passeando de mãos dadas, com os filhos criados, a situação financeira estável, namorando feito adolescentes, eu os invejo e admiro e penso, talvez nossa geração simplesmente não tenha paciência.
Talvez sejamos muito individualistas e não tenhamos paciência pra adversidade. Tudo o que eu ouço as pessoas dizerem é, “eu”, “meu espaço”, “minha rotina”, “meus amigos”, “meus habitos”, “minhas manias”, “eu”, “eu”, “eu”. CLARO, não estou dizendo que as relações não acabem, que não tenhamos o direito de mudar de idéia se uma escolha foi errada, ou se simplesmente tivermos a vontade de vivermos só pra gente. Hoje a gente é livre para escolher, coisa que não era há poucas décadas. Mas será que não estamos fazendo algo errado?
Ou talvez, simplesmente esse negócio de relações longevas seja para os pinguins imperadores e o que a gente tenta viver é um sonho romantizado. Talvez a culpa seja dos contos de fada que nunca passaram do momento da consumação do encontro entre principe e princesa e nos deixaram “no vácuo” sem saber o que esperar depois. Talvez a culpa seja de Hollywood!
Eu tinha uma receitinha na cabeça de como as coisas funcionavam. Falhou. Talvez Vinicius estivesse certo, “Que não seja eterno...” mas mesmo ele viveu em busca...
Quem conseguir entender, por favor, me explique!

Um comentário:

Ligia Guelfi disse...

Eu acho que a culpa é mesmo de Hollywood. As pessoas são diferentes e qdo há mta convivência, certamente conflitos acontecerão. Vivemos sim um sonho romantizado, as relações não são um mar de rosas. A gente tem que se esforçar mtoooo para se adaptar ao outro e tals. Que seja infinito enquanto dure, e olhe lá!! rsrsrsrs...
Bjo!