domingo, 14 de junho de 2009

Giramundo

Este final de semana foi curioso pra mim. Revisitei alguns lugares e pessoas que fizeram parte de minha vida ha mais ou menos uns 10 anos. O primeiro apartamento que aluguei quando sai da casa dos meus pais, algumas pessoas que conviviam comigo...Incrivel como passa o tempo. Incrivel e assustador.

Passei pelo meu antigo bairro e tudo mudou tanto. Minha cidade esta crescendo, surgiram novas casas, predios, restaurantes. Não tem mais aquela cara de bairro do interior, aquele sossego. Não cabe mais aquele entorno na minha rotina nem nos meus sonhos. E minhas velhas amigas? Casais separados, novos endereços, novos telefones, novos empregos... E foi justamente conversando com uma destas amigas num daqueles papos de "E ai, o que que voce tem feito?" que eu notei o quanto eu mudei neste tempo. Nova carreira, novo amor, novos amigos, nova aparencia. Parece que nao sobrou nada daquela Tati que estava la 10 anos atrás.

Me dei conta de que aquela estoria de que a gente vive muitas vidas em uma mesma vida é muito verdadeira. Se você me dissesse 10 anos atrás que hoje essa seria eu, eu ficaria contente em saber que ia conseguir concretizar alguns de meus planos e provavelmente duvidaria de uma boa parte de tudo isso, afinal, eu tinha tudo tão planejado.

Sim o mundo gira e o que tinha importancia ontem não tem hoje, o que não tinha importancia ontem, hoje tem. A gente aprende que nada é para sempre, e isso não é necessariamente ruim. Simplesmente é assim. Nem tudo vai dar certo, ou sair como planejado, mas tambem é pra isso que servem os sonhos. A gente olha para trás, ve que mudou, cresceu e, se tudo tiver dado certo, amadureceu. A gente chega a achar que gosta das mesmas coisas, mas não gosta não. E outras coisas que estavam muito esquecidas, voltam repaginadas.

A gente se esconde em memorias de outros tempos as vezes, e isso é ruim. Mas as vezes lembra deles com carinho e segue. Por que é assim que tem que ser.

"Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda peão..."

Um comentário:

Suzana Yoko disse...

As coisas parecem mais belas, quando protegidas pela distância...

Às vezes me parece que sentimos um "saudosismo" maior por nós mesmas no passado, não das coisas que passaram...

Bjos!