Uns dias atrás eu jantei com um amigo aqui na lanchonete ao lado de casa. Na hora de pagar a conta, eu quis comprar umas balas e a moça do caixa, minha colega, me deu a deixa, "pega o quanto você quiser aí." Eu que podia ter enchido a mão das balinhas de banana que adoro, peguei as seis balas que achei seria justo pelo um real que paguei.
Por que estou contando este "causo"? É só pra exemplificar o quando somos presos a nossas travas internas. Meu senso de honestidade não me permitiu abusar da situação e pegar o dobro das balas. Peguei seis e ponto. Você pode me dizer, "que bom que seu superego é assim atuante. Se as pessoas respeitassem os valores da sociedade a vida seria mais fácil." Bom, é verdade, talvez o exemplo não tenha sido bom, mas o papo aqui é outro. Estou falando de travas mesmo. Medos. Incapacidade de atuação mediante certas situações.Culpa.
Eu sou uma pessoa que infelizmente tem convivido com umas travas bastante fortes. Cadeadões pesados. Não vou aqui entrar em detalhes de quais são eles, mas nos aprisionamos por medos, por incapacidade de abraçar o novo e mudar um comportamento adquirido. Muitas vezes a culpa é do comodismo, da preguiça, da nossa tendência à inércia.
O que assusta é perceber o quanto estas travas são atuantes. A gente simplesmente não age e como na maioria das vezes não sabe dizer porque, acaba colocando a culpa no outro, nos pais, no marido/esposa, no trabalho, no trânsito, na falta de dinheito, na bolsa de valores, em São Pedro!
Então é momento de refletir. O que você quer mudar na sua vida? Agora observe o que está te impedindo e repare que ninguém está te impedindo de tentar mudar. Você pode até falhar, mas também pode conseguir o que quer.
Se você está trancado, a culpa é sua. De mais ninguém! Pode ser que alguém realmente esteja te atrapalhando, mas é porque VOCÊ deixou.
Então vai abrindo estes cadeados. Comece por um pequeno. Quem sabe você não descobre o que é ser livre.
Tati
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