O que me interessa aqui é a perspectiva que ele coloca do amor e da dificuldade que as pessoas tem em investir em relacionamentos na sociedade atual. As pessoas esperam obter em suas relações pessoais o mesmo tipo de satisfação obtida em suas relações de consumo e uma vez que o "objeto de consumo" torna-se imperfeito ou não plenamente satisfatório, este é rejeitado e substituido.
Segundo ele "A criação de um relacionamento bom e duradouro, em total oposição à busca de prazer por meio de objetos de consumo, exige um esforço enorme." E cita Ivan Klima, que compara o Amor a uma obra de arte,
é a criação de uma obra de arte... Isso também exige imaginação, concentração total, a combinação de todos os aspectos da personalidade humana, sacrifício pessoal por parte do artista e liberdade absoluta. Mas acima de tudo, tal como se dá com a criação artistica, o amor exige ação, ou seja, atividades e comportamentos não-rotineiros, assim como uma atenção constante à natureza intrinseca do parceiro, o esforço de compreender sua individualidade, além de respeito. E, por fim, ele precisa de tolerância, da consciênscia de que não deve impor suas perspectivas ou opiniões ao companheiro ou atrapalhar sua felicidade.
Faz a gente pensar, não?
Eu não acho que a gente deva ficar em uma relação em que é infeliz, mas que eu vejo muita gente desistindo logo na primeira dificuldade, isso vejo.
Agora, se você leu isto tudo, e tudo o que conseguiu pensar foi que, justamente seu parceiro não te enxerga, seu parceiro não quer ficar com você, seu parceiro não te respeita, não faz nada destas coisas bonitas nas palavras de Ivan Klima, é porque certamente VOCÊ, leva com este parceiro (ou parceira), uma relação utilitária.
Dê o primeiro passo, talvez você seja capaz de ser mais feliz também.
Tati Sister
Nenhum comentário:
Postar um comentário